'Feliz por ter minha liberdade restituída', diz médico equatoriano ao deixar prisão no RJ
Bolívar Guerrero Silva: cirurgião plástico acusado de cárcere privado — Foto: Reprodução/Redes sociais
O médico equatoriano Bolívar Guerrero Silva deixou o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, o 💥️Bangu 8, no fim da tarde desta quarta-feira (15). Ele é acusado de 💥️homicídio tentado qualificado e por motivo torpe contra a dona de casa Daiana Chaves, de 37 anos, após uma cirurgia plástica malsucedida.
A juíza 💥️Anna Christina da Silveira Fernandes, da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, onde o processo tramita, atendeu a um pedido da defesa de Bolívar feito na audiência de instrução e julgamento do caso, no último dia 3.
Bolívar foi recebido por um dos seus advogados, Alexandre Costa, e por meio dele falou sobre a revogação de sua prisão:
Mais cedo, outro advogado, que integra a defesa de Bolívar, comentou a decisão da Justiça.
Ele aguarda agora a manifestação do Ministério Público para fazer suas alegações finais da defesa de Bolívar Guerrero.
A técnica de enfermagem Kellen Cristina de Queiroz dos Santos também responde pelo crime no processo junto com Bolívar.
O advogado de Kellen também comentou a soltura de Bolívar, e acredita que o pedido feito por ele para a sua cliente, a de que ela possa voltar a trabalhar como técnica de enfermagem, também seja atendido pela Justiça.
2 de 4 Daiana Chaves: feridas fecharam e ela agora torce por uma cirurgia reparadora — Foto: Arquivo pessoal
Daiana Chaves: feridas fecharam e ela agora torce por uma cirurgia reparadora — Foto: Arquivo pessoal
Ao tomar conhecimento da decisão da Justiça de soltar Bolívar, Daiana Chaves comentou:
De acordo com o 💥️Ministério Público, Bolívar e Kellen foram os responsáveis pelas cirurgias plásticas malsucedidas [uma abdominoplastia e uma mamoplastia] em Daiana, e que a levaram ser internada por quase quatro meses, com passagens pelo CTI. Daiana também ficou com o corpo marcado com cicatrizes das operações.
Na audiência, Daiana foi uma das testemunhas ouvidas, assim como membros de sua família.
A defesa de Kellen pediu para que ela voltasse a exercer sua profissão, já que a💥️ Justiça impôs o afastamento dela de qualquer unidade hospitalar na época da investigação do caso. Kellen fez o pedido alegando que já havia regularizado sua situação profissional. Kellen foi apontada por pacientes da Clínica Santa Branca, de propriedade de Bolívar, como 💥️falsa médica.
Kellen Queiroz, na verdade, é técnica de enfermagem, mas, de acordo com o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) na época das investigações, não podia exercer essa atividade, pois estava com o registro vencido na instituição.
3 de 4 Situação de Kellen Queiroz no Coren-RJ: registro ativo e definitivo — Foto: ReproduçãoSituação de Kellen Queiroz no Coren-RJ: registro ativo e definitivo — Foto: Reprodução
O caso de Daiana Chaves Cavalcanti veio à tona depois dela começar a denunciar publicamente que era mantida em cárcere privado na 💥️Clínica Santa Branca, de propriedade do médico equatoriano Bolívar Guerrero Silva.
No dia 💥️3 de maio, ela realizou intervenção cirúrgica para fins estéticos nas nádegas, costas e abdômen. Teve complicações, voltou à Santa Branca e foi convencida a fazer uma abdominoplastia para corrigir os problemas da primeira cirurgia e também realizar uma mamoplastia, cirurgia que reduz as mamas e as reposiciona.
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O quadro de saúde de Daiana só piorou, e ela passou a pedir transferência, inclusive na Justiça, o que não foi atendido pela clínica, nem por Bolívar.
Bolívar Guerrero Silva foi preso no dia 18 de julho, quando estava dentro do centro cirúrgico da Clínica Santa Branca, por não cumprir a ordem judicial de transferir Daiana. Ele tentou alguns relaxamentos de prisão, mas a Justiça não concedeu. Os bens da clínica também foram bloqueados pela Justiça na época.
4 de 4 Daiana Cavalcanti: nova complicação — Foto: Arquivo pessoalDaiana Cavalcanti: nova complicação — Foto: Arquivo pessoal
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