Covid-19: após SP proibir passaporte vacinal, Unicamp diz que irá alterar regra, mas reforça recomendação do imunizante
Alunos da Unicamp na fila do bandejão — Foto: Giuliano Tamura/EPTV
Após o Governo de São Paulo publicar uma lei que proíbe o passaporte da vacina contra a Covid-19, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) disse, nesta quarta-feira (15), que irá alterar as regras que exigem o comprovante para alunos e servidores. A norma começou em 2023, e estudantes chegaram a ser desligados no período por descumprimento (💥️).
Apesar de confirmar que haverá alterações, a Unicamp não informou quais serão as mudanças.
Por outro lado, a universidade reforçou a recomendação para que todos da comunidade mantenham a vacinação atualizada.
Também nesta quarta, a Secretaria de Saúde de Campinas confirmou ao g1 que a exigência do comprovante de vacinação contra a Covid-19 deixou de ser algo facultativo a estabelecimentos
Desde novembro de 2023, a Prefeitura de Campinas mantinha a orientação de que a apresentação de comprovante de vacinação e/ou exame negativo de Covid-19 ficaria a cargo dos estabelecimentos. Nesta quarta, decidiu que vai seguir o que implementou o estado.
O texto do Diário Oficial de SP desta quarta define que "fica proibido exigir comprovante de vacinação contra Covid-19 para acesso a locais públicos ou privados", mas estabelece que não haverá punições para quem desrespeitar a norma.
Em 6 de outubro do ano passado, a Unicamp confirmou ter desligado 1.311 alunos que não apresentaram o comprovante da vacina contra a Covid-19.
Segundo a universidade, as matrículas começaram em fevereiro e foram até abril, e mesmo assim parte dos estudantes não entregou a comprovação da imunização. As aulas começaram em março, e em fevereiro 9,1% dos alunos ainda estavam com a pendência.
Do total, 73,68% dos desligados são da graduação, incluindo quem foi aprovado no Vestibular 2022 e também não cumpriu a medida.
💥️Total de alunos desligados no início do ano letivo:
Já no dia seguinte, a Pró-Reitoria de Graduação emitiu nota em que afirma ter disponibilizado vagas geradas pelos desligamentos de alunos que não comprovaram imunização contra Covid-19 para o processo seletivo de vagas remanescentes.
A Pró-reitoria defendeu, ainda, que os desligamentos não podem ser considerados expulsões de alunos porque foram seguidas as normas adotadas pelas instâncias representativas da universidade, "das quais participam servidores docentes e técnico-administrativos e estudantes".
A obrigatoriedade do comprovante vacinal foi divulgada pela Unicamp no fim de 2023, e também valia para servidores e funcionários.
A universidade informou que os alunos e servidores que não puderam ser vacinados por motivos de saúde apresentaram atestado médico.
Ao todo, a universidade tem cerca de 35 mil alunos matriculados na graduação e na pós-graduação, além de 1.934 docentes e 6.489 funcionários.
2 de 3 Vacinação de estudantes e funcionários da Unicamp contra Covid-19 dentro da universidade em Campinas — Foto: Antonio Scarpinetti/SEC/UnicampVacinação de estudantes e funcionários da Unicamp contra Covid-19 dentro da universidade em Campinas — Foto: Antonio Scarpinetti/SEC/Unicamp
A norma foi divulgada pela Unicamp em 2023 e previa o seguinte:
3 de 3 Vista aérea da Unicamp, em Campinas — Foto: Antoninho Perri/Ascom/Unicamp
Vista aérea da Unicamp, em Campinas — Foto: Antoninho Perri/Ascom/Unicamp
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