'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania': confira posição no ranking dos 31 filmes da Marvel

"Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" estreia nesta quinta-feira (16) como o responsável por abrir a quinta fase do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, da sigla em inglês). Com a terceira aventura do herói, o estúdio chega agora 31 filmes.

Somadas, as bilheterias das produções que já passaram pelos cinemas arrecadaram mais de 💥️US$ 28 bilhões em todo mundo. Mais do que isso, dez delas superaram a impressionante barreira do US$ 1 bilhão em arrecadação — os dois "Vingadores" mais recentes, inclusive, não estabeleceram meta e dobraram a meta.

Com tantos filmes, heróis, vilões e até planetas, não é fácil manter controle sobre o que aconteceu em cada um deles. Mais importante ainda, é difícil saber quais valem mais a pena assistir.

Por isso, o g1 atualizou seu ranking com todos os filmes lançados pela Marvel Studios, do pior para o melhor. Ou seja, nada dos "X-Men", dos "Homem-Aranha" de Sam Raimi (que fez sua estreia no MCU nesse meio tempo) ou de qualquer produção de outros estúdios.

'Homem de Ferro 3' é terceira aventura solo de Tony Stark e estreou em 2013 — Foto: Marvel/Divulgação 2 de 7 'Homem de Ferro 3' é terceira aventura solo de Tony Stark e estreou em 2013 — Foto: Marvel/Divulgação

'Homem de Ferro 3' é terceira aventura solo de Tony Stark e estreou em 2013 — Foto: Marvel/Divulgação

Ironicamente, o pior filme da franquia é um dos nove com a maior bilheteria. "Homem de Ferro 3" insulta um dos vilões clássicos do herói nos quadrinhos, subverte desnecessariamente uma tecnologia interessante das histórias recentes do personagem e tem um final tão inconsequente que foi imediatamente ignorado por seus sucessores.

O retorno de Tony Stark (Robert Downey Jr.) aos cinemas era alvo de expectativas gigantescas, após o estrondoso sucesso do primeiro, e o fracasso de "O incrível Hulk" (2008). Mas nem a apresentação de Scarlett Johansson como a Viúva Negra salva um filme com vilões simplórios e riscos que nunca ameaçam ninguém.

O anúncio de que o shakespeariano Kenneth Branagh dirigiria a apresentação do deus nórdico da Marvel nos cinemas confundiu muita gente. Sete anos depois, ainda é difícil acreditar que tenha sido a melhor opção, com um Thor (Chris Hemsworth) preso na Terra por causa de sua arrogância, longe de merecer a importância do personagem nas HQs.

Ei, pelo menos o público descobriu o charme de Tom Hiddleston como Loki, o vilão que todos amam tanto odiar que acabou ganhando uma série própria.

Edward Norton interpretou o herói monstruoso em 'O incrível Hulk' — Foto: Divulgação 3 de 7 Edward Norton interpretou o herói monstruoso em 'O incrível Hulk' — Foto: Divulgação

Edward Norton interpretou o herói monstruoso em 'O incrível Hulk' — Foto: Divulgação

Talvez este filme devesse estar em posição pior na lista. Afinal, colocou o último prego no caixão das chances de o Hulk conseguir estrelar seus próprios filmes, tanto que nem Edward Norton sobreviveu como o gigante esmeralda.

Ele recebe um pouco de paciência por ter sido apenas o segundo filme da Marvel, por trazer a franquia ao Brasil e por Tim Roth, sempre ótimo.

A presença de Thor e Loki em "Os Vingadores: The Avengers" (2012) ajudou a elevar as expectativas para a continuação do deus do trovão. Infelizmente a divisão de atenção entre Asgard e Midgard (também conhecida como Terra) somada a um vilão pouco carismático resultou em um filme decepcionante para a maioria.

Este é o ponto em que os filmes deixam de ser exatamente ruins e entram na categoria "ok". "O primeiro vingador" é o filme padrão de origem de herói, com a pequena diferença de se passar na Segunda Guerra Mundial. Hugo Weaving se esforça como o Caveira Vermelha, mas pouco pode fazer para tirá-lo do caricato. E muita gente continuava em dúvida da capacidade do até então cômico Chris Evans em retratar um personagem tão icônico.

O segundo filme do mestre das artes místicas chegou com muita expectativa após o sucesso de "Homem-Aranha: Sem volta para casa" (2021). Apesar de aprofundar a exploração de dimensões paralelas da aventura do outro herói e utilizar bem a experiência de seu novo diretor, Sam Raimi, com o terror, "Multiverso da loucura" nunca chega a empolgar.

"Eternos" é o primeiro filme da Marvel Studios dirigido por uma ganhadora de Oscar. Chloé Zhao ("Nomadland") entrega o filme mais bonito visualmente da editora, e o mais autoral, se afastando do estilo que marca o MCU.

Somando isso a um elenco estrelado, mas inchado e personagens cósmicos pouco conhecidos, talvez dê para entender por que é também o mais criticado pela imprensa especializada.

Benedict Cumberbatch em cena de 'Doutor Estranho' — Foto: Divulgação/Marvel 4 de 7 Benedict Cumberbatch em cena de 'Doutor Estranho' — Foto: Divulgação/Marvel

Benedict Cumberbatch em cena de 'Doutor Estranho' — Foto: Divulgação/Marvel

Mais uma história de origem padrão. Basicamente "Homem de Ferro", mas com magia no lugar de tecnologia, e demônio interdimensional substituindo terroristas e empresários inescrupulosos. Nada de errado com a fórmula, mas o mago supremo merecia mais.

A segunda reunião da equipe adiciona três novos membros, mesmo que um deles não tenha durado muito tempo, e faz boa adaptação de um dos vilões mais clássicos dos quadrinhos. Poderia ter posição melhor se não fosse tão longo e não tivesse uma sequência final tão absurda.

O subtítulo deixa claro que esta é a grande celebração do retorno do herói mais popular da Marvel à sua casa, após cinco filmes licenciados totalmente para a Sony. Longe de ser o desastre dos dois longas estrelados por Andrew Garfield, também não será lembrado como o clássico “Homem-Aranha 2” (2004) de Tobey Maguire e Sam Raimi.

Cena da sequência 'Guardiões da Galáxia Vol 2' — Foto: Divulgação/Disney 5 de 7 Cena da sequência 'Guardiões da Galáxia Vol 2' — Foto: Divulgação/Disney

Cena da sequência 'Guardiões da Galáxia Vol 2' — Foto: Divulgação/Disney

O segundo filme da equipe espacial tinha tudo para ser ainda melhor que o anterior. Sem precisar apresentar cada um dos personagens, poderia aproveitar para aprofundá-los, mas não consegue manter a qualidade. O humor é o mesmo, mas às vezes parece mais forçado do que o necessário. Mas a trilha sonora continua ótima.

Filme de origem que foge um pouco do padrão pela estrutura, na qual um herói veterano escolhe seu sucessor de forma quase aleatória. O humor funciona e até os poderes de certa forma ridículos do protagonista são bem construídos, mas o filme nunca se encaixou totalmente na estrutura dos demais.

"Capitã Marvel" apresenta a heroína mais poderosa da Marvel com uma história de origem cheia de clichês previsíveis, mas emocionantes. Com o carisma de Brie Larson ("O quarto de Jack") e a química da protagonista com o Nick Fury de Samuel L. Jackson, o filme se equilibra bem no limite entre o genérico e o divertido.

O quarto filme do deus nórdico é o segundo com Taika Waititi na direção e o primeiro sem Tom Hiddleston como Loki. Sua ausência nem é tão grande, graças ao retorno de Natalie Portman como uma nova versão de Thor. Mas piadas demais atrapalham o desenvolvimento emocional dos personagens em uma história que pedia um pouco mais do lado humano.

Responsável pela abertura de da quinta fase do MCU, a aventura sofre com ritmo instável e história genérica em que os riscos nunca parecem ser dos maiores.

No fim, o verdadeiro herói é o vilão. Com uma poderosa atuação em sua primeira aparição (mais ou menos) como Kang, o provável maior antagonista dos próximos anos do MCU, Jonathan Majors ("Lovecraft country") faz o filme valer a pena.

Em "Shang-Chi", a Marvel mostra que pode ser sua grande inimiga. O estúdio tentou a todo custo sabotar a divulgação da história de origem do herói chinês com pôsteres e trailers pavorosos.

Para piorar, forçou mais um final megalomaníaco que destoa completamente do tom de um personagem mestre em artes marciais.

Com mais sorte que juízo, o filme supera seus problemas com protagonistas carismáticos, lutas incríveis e elenco invejável.

Nessa continuação, o diretor Peyton Reed apara as arestas do antecessor sem a necessidade de ajustar um projeto já em andamento. Com isso, leva o herói e sua nova parceira para dentro do gênero de ficção científica ao qual os personagens (e seus poderes) pareceram sempre pertencer.

Um dos melhores filmes estrelados pelo Amigão da Vizinhança, "Longe de casa" mistura gêneros e referências para surpreender o público com grandes reviravoltas (pelo menos aqueles que não conhecem tanto os quadrinhos).

O herói se distancia um pouco de sua versão consagrada, mas uma das melhores demonstrações dos poderes dos personagens nos cinemas aumenta a expectativa pelo próximo, "Sem volta para casa", que estreia em dezembro.

O diretor e roteirista Ryan Coogler prova de uma vez por todas ser o cineasta mais valioso do time do MCU. Com uma história sobre luto, que honra e respeita a morte de Chadwick Boseman (1976-2020), ele supera mais uma vez os limites do gênero de super-heróis.

Para ser justo, ele é apoiado por um elenco excelente. A indicada ao Oscar Angela Bassett, por exemplo, se agiganta ao longo de grande parte do filme com o pesar da rainha que perdeu o filho.

"Guerra Civil" é o primeiro entre os ótimos filmes da lista. A história tem diversos furos e o vilão carrega uma motivação tosca, mas quem se importa? No fim do dia, o público teve a oportunidade de ver Capitão e Homem de Ferro se esmurrando ao lado de diversos outros heróis, além da estreia de um certo Peter Parker (Tom Holland) na franquia.

Foi necessário abandonar o tom mais soturno dos filmes anteriores e entregar o terceiro longa do deus do trovão para um comediante para que Thor finalmente encontrasse o sucesso. Tudo bem, o enredo rouba muito de um dos maiores arcos do Hulk nos quadrinhos, e às vezes exagera nas risadinhas, mas "Ragnarok" é um baita filme.

A conclusão da trilogia do Homem-Aranha no MCU junta nostalgia e universos paralelos (com a presença de Tobey Maguire e Andrew Garfield, os dois outros atores a interpretarem o herói nos cinemas), amarra pontas soltas e reescreve a origem do protagonista. Não deveria dar certo, mas de alguma forma funciona e deixa o público ansioso para saber o futuro da franquia.

"Guerra Infinita" tem a difícil missão de reunir quase todos os heróis da Marvel no cinema e consegue se virar com dignidade e dar sentimento aos personagens. Ainda perde profundidade com o tamanho da escala, mas mostra que até mesmo um titã pode ter coração.

O primeiro filme produzido e financiado pela própria Marvel podia ter sido o último da franquia. Mas seu sucesso retumbante, com base no intenso carisma de Robert Downey Jr. como Tony Stark, serve como alicerce de todos os filmes que viriam depois.

Quem dissesse, antes do lançamento de "Guardiões da Galáxia", que sabia que o longa seria um sucesso estaria mentindo. Aliás, seria difícil encontrar até mesmo alguém que soubesse dizer o nome de todos os integrantes da equipe. Mas James Gunn constrói uma aventura espacial divertida e memorável, mostrando como é possível apresentar rapidamente personagens totalmente novos sem perder complexidade (viu, DC/Warner?).

Cena de 'Os vingadores, filme de 2012 que reuniu super-heróis da Marvel pela primeira vez — Foto: Divulgação 6 de 7 Cena de 'Os vingadores, filme de 2012 que reuniu super-heróis da Marvel pela primeira vez — Foto: Divulgação

Cena de 'Os vingadores, filme de 2012 que reuniu super-heróis da Marvel pela primeira vez — Foto: Divulgação

O encontro dos "heróis mais poderosos da Terra" supera com louvor até as mais altas expectativas dos fãs da editora, acerta ao escolher o carismático Loki como seu vilão, dá momentos para que todos brilhassem (até mesmo o Gavião Arqueiro) e ainda introduz o misterioso Thanos. Não fosse o uniforme ridículo do Capitão América, alguns talvez poderiam dizer que o filme se aproxima da perfeição.

"Viúva Negra" é muito bom. É tão bom que chega a dar raiva da Marvel. Afinal, o excelente filme de ação e espionagem é a grande prova de que a heroína merecia uma aventura solo há muito tempo e, quem sabe, trilhar caminhos próprios.

Infelizmente, o desejo dos fãs foi atendido depois do desfecho de "Ultimato" (2019), então o público terá de se contentar com o legado da personagem, deixado na introdução de uma nova Viúva, Yelena (a maravilhosa Florence Pugh).

O herói já tinha aparecido em "Guerra Civil", mas mostra força própria em seu filme solo. Para ser justo, ao lado de T'Challa (Chadwick Boseman) estão um dos melhores elencos de apoio de toda a franquia, um vilão complexo e consistente, uma discussão relevante e uma mitologia rica e profunda.

O resultado é tão bom que foi reconhecido com uma indicação ao Oscar de melhor filme. A triste e inesperada morte de Boseman em 2023, aos 43 anos, torna incerto o futuro de Wakanda.

No começo de "Ultimato", a Marvel já sabia que o jogo estava ganho. Por essas que o filme parece aquelas goleadas tranquilas nas quais o time da casa joga para a torcida.

Ao concluir a grande saga de Thanos (Josh Brolin) e as Joias do Infinito, entrega tudo o que os fãs queriam com muita pancadaria, encontros de dezenas de heróis e um final digno para alguns dos maiores líderes do MCU.

Talvez seja injusto colocar este no topo da lista. Afinal, "O Soldado Invernal" é mais filme de espionagem que filme de herói, mas objetivamente é uma obra muito mais completa. Não é apenas Steve Rogers que evolui com a história, mas todo o universo da Marvel nos cinemas.

O segundo filme do Capitão é o primeiro dos irmãos Russo, responsáveis pelo futuro da franquia nos cinemas, na Marvel, e prova de que até mesmo super-heróis podem discutir temas relevantes, porém sem perder a qualidade da ação jamais.

"Ultimato" até chegou perto de bater o líder, mas ele ainda reina soberano em diferentes níveis como produto cinematográfico.

Chris Evans e Sebastian Stan em cena de 'Capitão América 2: O Soldado Invernal' — Foto: Divulgação 7 de 7 Chris Evans e Sebastian Stan em cena de 'Capitão América 2: O Soldado Invernal' — Foto: Divulgação

Chris Evans e Sebastian Stan em cena de 'Capitão América 2: O Soldado Invernal' — Foto: Divulgação

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