China e Irã pedem que Afeganistão acabe com as restrições às mulheres e criticam democracia americana

O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, caminham durante uma cerimônia de boas-vindas em Pequim, em 14 de fevereiro de 2023 — Foto: Yan Yan/Xinhua via AP 1 de 3 O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, caminham durante uma cerimônia de boas-vindas em Pequim, em 14 de fevereiro de 2023 — Foto: Yan Yan/Xinhua via AP

O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, caminham durante uma cerimônia de boas-vindas em Pequim, em 14 de fevereiro de 2023 — Foto: Yan Yan/Xinhua via AP

A China e o Irã pediram ao vizinho Afeganistão que acabe com as restrições ao trabalho e à educação das mulheres em um comunicado conjunto divulgado nesta quinta-feira (16).

Anuncio ocorreu no final de uma visita a Pequim do presidente iraniano, Ebrahim Raisi, durante a qual os dois lados demonstraram 💥proximidade econômica e política e confirmaram a 💥rejeição aos padrões ocidentais de 💥direitos humanos e democracia.

Desde que assumiu o Afeganistão em agosto de 2023, o Talibã proibiu 💥mulheres e meninas de frequentarem universidades e escolas após a sexta série e forçou a saída de mulheres de 💥cargos eletivos e outras posições de destaque.

O documento acrescenta que os Estados Unidos e seus aliados da OTAN "devem ser 💥responsáveis pela atual situação no Afeganistão".

Os EUA apoiaram o governo eleito do Afeganistão contra o Talibã, mas se retiraram em meio ao aumento dos custos e à diminuição do apoio a um governo que foi incapaz de combater um renascimento do Talibã.

Morte de Mahsa Amini desencadeou onda de protestos de mulheres como raramente foi visto no Irã — Foto: GETTY IMAGES/via BBC 2 de 3 Morte de Mahsa Amini desencadeou onda de protestos de mulheres como raramente foi visto no Irã — Foto: GETTY IMAGES/via BBC

Morte de Mahsa Amini desencadeou onda de protestos de mulheres como raramente foi visto no Irã — Foto: GETTY IMAGES/via BBC

O apelo pelos 💥️direitos das mulheres é notável vindo do regime muçulmano xiita do Irã, que foi desafiado por meses de protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini, uma jovem mulher que foi presa por supostamente não cobrir os cabelos.

A teocracia do país executou pelo menos quatro homens desde que as manifestações começaram em setembro pela morte de Mahsa Amini. Todos enfrentaram julgamentos internacionalmente criticados, rápidos e a portas fechadas.

A maior parte da declaração conjunta China-Irã enfatizou fortes laços políticos e econômicos, a busca pela paz e justiça no Oriente Médio e a desnuclearização, apesar do suposto impulso iraniano para produzir armas atômicas.

Em uma reunião mais cedo com o líder chinês Xi Jinping, Raisi expressou apoio à 💥️repressão da democracia em Hong Kong e à reivindicação de autogoverno democrático Taiwan.

A China e o Irã se apresentam, ao lado de Moscou, como 💥️contrapesos ao poder americano e deram apoio tácito e, no caso do Irã, material à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Xi e Raisi participaram da assinatura de 20 acordos de cooperação, incluindo acordos comerciais e de turismo, anunciou o governo chinês. Isso se soma a um acordo de estratégia de 25 anos assinado em 2023 para cooperar no desenvolvimento do petróleo, da indústria e de outros campos.

A China é um dos maiores compradores de petróleo iraniano e uma importante fonte de investimento.

O Irã tem lutado por anos sob sanções comerciais e financeiras impostas por Washington e outros governos ocidentais. Os EUA cortou o acesso do Irã à rede que conecta bancos globais em 2018.

Mulheres afegãs aprendem a ler o Alcorão em uma escola religiosa em Cabul, Afeganistão, em 8 de outubro de 2022 — Foto: REUTERS/Ali Khara 3 de 3 Mulheres afegãs aprendem a ler o Alcorão em uma escola religiosa em Cabul, Afeganistão, em 8 de outubro de 2022 — Foto: REUTERS/Ali Khara

Mulheres afegãs aprendem a ler o Alcorão em uma escola religiosa em Cabul, Afeganistão, em 8 de outubro de 2022 — Foto: REUTERS/Ali Khara

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