Número de mortes no Brasil bate recorde em 2023, enquanto nascimentos têm o menor registro da série histórica, diz IBGE
Em 2023, foram 2,6 milhões de nascimentos e 1,8 milhão de óbitos. — Foto: Shanice McKenzie/Pexels
💥️No segundo ano de pandemia de Covid-19, o Brasil registrou a maior taxa de óbitos de toda a série histórica, iniciada em 1974, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram cerca de 1,8 milhão de mortes em 2023, uma alta de 18% em relação ao ano anterior. Em números absolutos, 2023 teve 273 mil mortes a mais do que 2023.
💥️Em contrapartida, o número de nascimentos foi o menor da série histórica, iniciada em 2003. Foram mais de 2,7 milhões de registros de crianças nascidas naquele ano, queda de 1,6% ante 2023 - ou 43 mil nascimentos a menos. Desse total, 2,63 milhões são crianças que nasceram em 2023 e cerca de 70 mil de nascidos antes e registrados apenas em 2023.
Os dados são da pesquisa Estatísticas do Registro Civil, do IBGE. De acordo com a gerente da pesquisa, Klívia Brayner, "a pandemia de Covid-19 mexeu muito com a parte demográfica do país".
O IBGE revela que, em 2023, o número de óbitos ficou concentrado, principalmente, no primeiro semestre do ano, época em que poucas pessoas ainda haviam sido vacinadas. Durante aquele ano, foi no mês de março que ocorreu o maior registro de mortes: 202,5 mil, um número 77,8% superior ao registrado em março de 2023, quando a pandemia ainda estava começando.
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A tendência de queda no número de mortes passou a ser observada em julho de 2023, mês em que os óbitos ainda estavam próximos dos 150 mil. Em setembro, no entanto, a queda passou a ser mais expressiva e os registros de óbitos daquele mês até dezembro foram sempre menores dos que os observados nos mesmos períodos de 2023.
2 de 2 Óbitos em 2023 mês a mês — Foto: Fonte: IBGE
Óbitos em 2023 mês a mês — Foto: Fonte: IBGE
Em 2023, o número de crianças nascidas caiu pelo terceiro ano consecutivo, segundo o IBGE. Foram pouco mais de 2,7 milhões de registros de nascimento, mas desse total, apenas 2.635.854 são de crianças nascidas naquele ano.
A maior queda percentual nos registros de nascimentos, de 4,9%, foi observada em São Paulo, seguido do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, que tiveram baixas de 4,6% e 4,3%, respectivamente.
Já os estados que registraram as maiores altas de nascimentos foram Amapá, com avanço de 9,1%, Amazonas, de 6,0%, e Pará, de 5,0%, todos na região Norte do país.
Em relação aos meses em que mais nasceram crianças, destaque para março, com 239 mil nascimentos, e maio, com 237,3 mil. Enquanto isso, novembro teve o menor número de registros, cerca de 205,4 mil.
Klívia Brayner considera que a pandemia foi responsável, também, pela queda na taxa de natlidade.
Em 2023, o número de divórcios concedidos em 1ª instância ou realizados por escrituras extrajudiciais foi de 386,8 mil, um crescimento de 16,8% em relação ao ano anterior.
O IBGE explica que, com esses números, a taxa geral de divórcios (número de divórcios para cada mil pessoas de 20 anos ou mais) também cresceu, passando de 2,15‰ em 2023, para 2,49‰ em 2023.
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