Entenda por que Portugal secou oferta de apartamentos turísticos e cancelou visto a quem comprar residência
Pessoas esperam para atravessar rua em Lisboa, Portugal, em 17 de fevereiro de 2023. — Foto: Patricia de Melo Moreira/ AFP
A partir de março, se hospedar em apartamentos turísticos em Portugal será bem mais difícil, e comprar um apartamento para ganhar o visto de residência no país, impossível.
Na quinta-feira (16), o primeiro-ministro português, António Costa, anunciou um plano para conter a bolha imobiliária que se formou no país e encareceu a moradia.
Entre uma série de medidas para a população local, o programa de Costa também💥️ mira o turismo desenfreado e a grande quantidade de estrangeiros que foram morar no país nos últimos anos, alimentando o encarecimento de imóveis a preços impraticáveis para que vive em cidades como Lisboa e Porto.
Há pouco mais de uma década, Portugal e os países do sul da Europa viviam uma das piores crises financeiras e econômicas do século na região.
O💥️ estouro da bolha imobiliária de 2008, que veio a reboque da falência de bancos dos Estados Unidos como o Lehman Brothers, fez governos de Portugal, Espanha e Grécia terem de pedir socorro externo - esses países haviam investido pesado no crescimento imobiliário nos anos anteriores.
Para mitigar os efeitos dessa crise e tentar dar uma utilidade a milhares de imóveis recém-construídos e vazios, o governo português criou o💥️ "gold visa" - ou "visto ouro", 💥️permissão de residência permanente concedida a qualquer estrangeiro💥️ que comprasse um imóvel de no mínimo 350 mil euros (cerca de R$ 1,9 milhão) ou 💥️abrisse uma empresa com ao menos dez funcionários locais.
Foi esse benefício para estrangeiros - que atraiu, em maioria, chineses e brasileiros - que chegou ao fim com o anúncio de Costa. Alguns detalhes do anúncio são:
Já sobre os apartamentos turísticos, o novo programa estabelece o seguinte:
O governo português vem tentando conter a crise provocada pelo excesso de turistas e juros altos que fez os preços dos aluguéis no país dispararem e crescerem muito mais do que os salários no país, considerados baixos na comparação com a média da União Europeia - no ano passado, mais de 50% dos trabalhadores ganhavam menos de 1.000 euros (cerca de R$ 5.540) por mês.
Salários baixos, um mercado imobiliário em alta, políticas que incentivam estrangeiros ricos a investir e uma economia dependente do turismo há anos dificultam o aluguel ou a compra de moradores locais. A taxa de inflação de 8,3% em Portugal exacerbou o problema.
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