Enfermeiros começam greve de dois dias no Continente e Açores & ECO
Os enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde iniciam esta terça-feira dois dias de greve pela valorização da grelha salarial e por mecanismos que compensem o risco e penosidade inerentes à profissão, numa paralisação que coincide com outra dos médicos.
A greve, convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), 💥️arranca pelas 8 horas desta terça-feira e estende-se até às 24 horas de quarta-feira, ou seja, abrange os turnos da manhã e da tarde no dia de hoje e os da noite, manhã e tarde de quarta-feira, sob a forma de paralisação total ao trabalho programado, e engloba o Continente e a região autónoma dos Açores.
Além da 💥️alteração da grelha salarial da carreira de enfermagem, valorizando 💥️todos os níveis de todas as posições remuneratórias, a greve serve para defender a 💥️transição para a categoria de enfermeiro especialista de todos os enfermeiros que a 31 de maio de 2023 detinham este título.
O SEP pretende ainda que o 💥️reposicionamento remuneratório decorrente da transição de carreira “tenha tradução em acréscimo salarial para todos os enfermeiros” e exige igualmente a compensação decorrente do risco e penosidade inerentes à profissão, nomeadamente através de “condições especiais para aposentação” e da valorização do trabalho por turnos.
Quanto à contagem de pontos, os enfermeiros exigem o💥️ pagamento de retroativos desde 2018 e a “correção de todas as injustiças relativas”.
Outras das matérias que constam do caderno reivindicativo são a 💥️harmonização do número anual de dias de férias entre todos os enfermeiros pelo número de dias definidos para quem tem contrato de trabalho em funções públicas, assim como a 💥️regularização das situações de “inadequado vínculo precário” e a 💥️admissão de mais enfermeiros com contratos definitivos, além do 💥️pagamento do trabalho extraordinário em dívida.
Os serviços mínimos definidos incluem os cuidados em situações de urgência nas unidades de atendimento permanente que funcionem 24 horas/dia, os serviços de internamento que funcionem igualmente 24 horas/dia, os cuidados intensivos, os blocos operatórios, com exceção dos de cirurgia programada, as urgências, a hemodiálise e os tratamentos oncológicos.
Na área oncológica, estão incluídos nos serviços mínimos as cirurgias ou o início do tratamento não cirúrgico (quimioterapia ou radioterapia) em doenças oncológicas de novo, classificadas como prioridade 4, assim como a prioridade 3, quando exista determinação médica para tal intervenção e não seja possível reprogramar para os 15 dias seguintes.
Em declarações à Lusa, o presidente do SEP, José Carlos Martins, disse não ter havido qualquer articulação com os médicos relativamente à greve, tratando-se de uma coincidência, e sublinhou que a paralisação dos enfermeiros já estava anunciada desde dia 9 de agosto.
Contudo, 💥️nem o SEP nem a Federação Nacional dos Médicos, que convocou a greve que também começa esta terça-feira, descartam que no futuro possa haver concertação para um protesto futuro com a união de todos os sindicatos da saúde.
Antes da greve que começa esta terça-feira, os enfermeiros já tinham estado em greve a 2 de agosto (convocada pelo SEP a nível nacional) e em julho e agosto levaram a cabo várias paralisações, contrações e denúncias públicas a nível regional.
Além de diversas conferências de imprensa em vários pontos do país, durante a manhã de hoje, a paralisação dos enfermeiros inclui ainda uma concentração em Lisboa, na quarta-feira.
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