Governo anuncia ex-chanceler Luiz Alberto Figueiredo como embaixador para o clima
O Ministério das Relações Exteriores anunciou nesta sexta-feira (17 ) o diplomata Luiz Alberto Figueiredo como embaixador extraordinário para Mudança do Clima.
Figueiredo foi ministro das Relações Exteriores no governo Dilma Rousseff e já atuou como embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), em Portugal e nos Estados Unidos.
Conforme o Itamaraty, à frente do novo cargo, Figueiredo deverá representar o Brasil em diálogos internacionais sobre o clima.
"O embaixador Figueiredo deverá complementar a representação de alto nível do Brasil em eventos internacionais, bem como contribuir para a divulgação do engajamento brasileiro no combate à mudança do clima", afirmou o Itamaraty.
A função de embaixador para o clima existiu no Brasil entre 2007 e 2010, no primeiro governo de Lula, e foi ocupado à época pelo diplomata Sérgio Barbosa Serra.
1 de 1 Luiz Alberto Figueiredo, em foto de 2016. — Foto: Alexandre Durão/G1Luiz Alberto Figueiredo, em foto de 2016. — Foto: Alexandre Durão/G1
O governo Lula anunciou a intenção de criar um órgão de aconselhamento para a área de mudanças climáticas, que vem sendo chamado de Autoridade do Clima.
Lula chegou a convidar Marina Silva para a função, mas ela recusou. Marina assumiu o Ministério do Meio Ambiente.
Em janeiro, Marina Silva comentou sobre o projeto e disse que não seria indicado para comandar a Autoridade nenhum nome com perfil político ou diplomático.
Na época, a ministra informou a intenção de indicar um nome técnico para o cargo. Informou ainda que a entidade deverá atuar como "uma espécie de Inpe", em referência ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão que tem entre as funções o monitoramento de desmatamento no país.
Nesta sexta, o Ministério do Meio Ambiente informou que Luiz Alberto Figueiredo não será o responsável pela Autoridade Climática.
De acordo com o ministério, o cargo será vinculado ao próprio MMA e o nome do indicado ainda não foi definido.
O 💥️g1 procurou o Ministério das Relações Exteriores para esclarecer a nomeação de Figueiredo. Em nota, o ministério afirmou que "não existe sobreposição de funções".
Segundo o ministério, a Autoridade Nacional de Segurança Climática, cuja criação foi anunciada pela ministra Marina Silva em seu discurso de posse, terá por finalidade “produzir subsídios para a execução e implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima, além de regular e monitorar a implementação das ações relativas às políticas e metas setoriais de mitigação, de adaptação e de promoção da resiliência às mudanças do clima”.
"Sua função será voltada, prioritariamente, para questões técnicas, ainda que possa contribuir para posições brasileiras em debates internacionais", diz a nota.
Já o embaixador Extraordinário de Mudança do Clima deverá “complementar a representação de alto nível do Brasil em eventos internacionais, bem como contribuir para a divulgação do engajamento brasileiro no combate à mudança do clima, inclusive no contexto da candidatura do país para sediar a 30ª Conferência das Partes (COP 30) na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), a ser realizada em 2025”.
"Ainda no âmbito do Itamaraty, foi criada uma nova Secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente (SECLIMA), que liderará as negociações internacionais na área de mudança do clima, em estreita coordenação com órgãos governamentais e, quando apropriado, com entidades da sociedade civil. Não existe, portanto, sobreposição de funções", informou o Itamaraty.
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