Samba nas alturas: musas e passistas contam os segredos para atravessar a Sapucaí em saltos elevadíssimos
Rainhas, musas e passistas contam a receita para os pés aguentarem atravessar a Sapucaí sambando — Foto: Cristina Boeckel/ g1
Os olhares e flashes dos espectadores na Sapucaí perceberam vários detalhes das fantasias e da forma física das rainhas de bateria, musas e passistas que atravessam a Marques de Sapucaí nos desfiles de domingo (19). Porém, o que sustentou toda essa beleza foram 💥️os pés, sempre em saltos altíssimos.
O g1 ouviu várias estrelas da Passarela do Samba sobre quais as dificuldades e os truques para sambar sem parar pelos 💥️700 metros da Avenida.
2 de 6 A cantora Lexa, rainha de bateria da Unidos da Tijuca, afirmou que, para atravessar a Sapucaí em um saltão, é preciso acreditar no que está fazendo — Foto: Marcos Serra Lima e Cristina Boeckel/ g1A cantora Lexa, rainha de bateria da Unidos da Tijuca, afirmou que, para atravessar a Sapucaí em um saltão, é preciso acreditar no que está fazendo — Foto: Marcos Serra Lima e Cristina Boeckel/ g1
A cantora Lexa, rainha de bateria da Unidos da Tijuca, afirmou que, para atravessar a Sapucaí em um saltão, é preciso acreditar no que está fazendo.
"Força de vontade, alegria e vai", decretou a rainha.
Porém, o empenho cobra seu preço no dia seguinte: "No dia seguinte, apenas dores".
3 de 6 Glauco Monteiro: concentração e foco no samba são o mais importante para brilhar com saltos altíssimos. — Foto: Cristina Boeckel/ g1
Glauco Monteiro: concentração e foco no samba são o mais importante para brilhar com saltos altíssimos. — Foto: Cristina Boeckel/ g1
💥️Glauco Monteiro chamou a atenção na concentração Sapucaí com um par de sapatos 💥️salto 18, comprado na Turquia.
Ele desfila há 23 anos e é um dos diretores de ala dos passistas da Portela, mas também saiu na Estação Primeira de Mangueira. Como cuida de muitas coisas para que tudo saia perfeito, não costuma sempre desfilar de salto. Mas já usou sapatos altos e concorda com Lexa que a concentração e foco no samba são o mais importante para brilhar.
"Tem que botar na cabeça, cuidar do psicológico, tomar uma cachaça e ir. O segredo é se movimentar muito, o tempo todo, para não doer. E depois tem que dar uma descansada", destacou Glauco.
4 de 6 Mayara Nascimento, musa da Mocidade Independente de Padre Miguel, contou que os ensaios têm papel fundamental para brilhar na avenida. — Foto: Cristina Boeckel/ g1
Mayara Nascimento, musa da Mocidade Independente de Padre Miguel, contou que os ensaios têm papel fundamental para brilhar na avenida. — Foto: Cristina Boeckel/ g1
💥️Mayara Nascimento, musa da Mocidade Independente de Padre Miguel, contou que os ensaios têm papel fundamental para brilhar na Avenida.
"Toda a preparação de ensaios antes de vir para a Sapucaí ajuda a estar bem. Fora a energia pelo carnaval que ajuda, né?", afirmou Mayara.
Para ela, os saltos mais confortáveis para o desfile são o 💥️meia-pata, que conta com uma plataforma que dá sustentação à parte da frente do pé com 💥️tamanho 12.
5 de 6 A cantora Rebecca afirma que a rotina de shows a ajuda na performance na Sapucaí. — Foto: Stephanie Rodrigues e Cristina Boeckel/ g1
A cantora Rebecca afirma que a rotina de shows a ajuda na performance na Sapucaí. — Foto: Stephanie Rodrigues e Cristina Boeckel/ g1
A cantora 💥️Rebecca afirma que a rotina de shows a ajuda na performance na Sapucaí. Ela é estreante como musa da Acadêmicos do Salgueiro, mas tem uma história de 14 anos com a escola e já desfilou como passista.
"Eu cuido da alimentação. Como tenho rotina de shows, isso ajuda a evoluir na Avenida", disse.
Ela reconhece que sambar por mais de uma hora em uma sandália de salto não é fácil.
“Tem que ter muito ensaio e disposição para sambar cerca de 1h20", destacou.
6 de 6 'Quando a gente tem um ritmo intenso, eu coloco os pés para cima quando chego dos ensaios', disse Valeska Costta, passista da Mengueira — Foto: Cristina Boeckel/ g1'Quando a gente tem um ritmo intenso, eu coloco os pés para cima quando chego dos ensaios', disse Valeska Costta, passista da Mengueira — Foto: Cristina Boeckel/ g1
💥️Valeska Costta tem 20 anos como passista da Mangueira e acredita que a prática é fundamental.
“Tem que ter jeito e treinar em casa. Se não treinar, não consegue vir e sustentar. Tem que ensaiar sempre com o salto para ter a prática”, contou a passista.
Porém, os pés sofrem com o ritmo. Aí, é preciso tomar uma série de cuidados.
“Quando a gente tem um ritmo intenso, eu coloco os pés para cima quando chego dos ensaios porque eles incham. Também é importante beber água para desinchar”, disse Valeska.
A passista também ressalta a importância de outros cuidados associados.
“Hidratar o pé é essencial. Os nossos pés são o nosso suporte, e temos que cuidar bem deles”, decretou.
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