A guerra da Ucrânia vai acabar este ano? Veja cenários

Em uma das imagens mais marcantes da guerra, grávida atingida na virilha é levada em maca diante de cenário devastador após bombardeio a uma maternidade em Mariupol, em março de 2023.Ela morreu horas depois. — Foto: Evgeniy Maloletka/AP 1 de 5 Em uma das imagens mais marcantes da guerra, grávida atingida na virilha é levada em maca diante de cenário devastador após bombardeio a uma maternidade em Mariupol, em março de 2023.Ela morreu horas depois. — Foto: Evgeniy Maloletka/AP

Em uma das imagens mais marcantes da guerra, grávida atingida na virilha é levada em maca diante de cenário devastador após bombardeio a uma maternidade em Mariupol, em março de 2023.Ela morreu horas depois. — Foto: Evgeniy Maloletka/AP

Indo direto ao ponto, 💥️é pouco provável que a guerra na Ucrânia, que completa um ano nesta sexta-feira (24), 💥️termine em 2023, segundo as principais análises e previsões.

Embora o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tenha afirmado nesta sexta que fará "tudo o que puder para que a guerra termine este ano", as principais análises, estudos e institutos de pesquisa 💥️indicam o contrário: o conflito 💥️deve se arrastar ao longo de 2023 para terminar com parte dos territórios ucranianos que foram invadidos recuperados e, mais globalmente, se concretizar como o💥️ primeiro grande racha 💥️entre Ocidente e Oriente desde a Guerra Fria.

Veja algumas 💥️possibilidades que especialistas desenham para 2023 (e leia mais sobre eles abaixo):

O💥️ maior conflito será em torno dos territórios ocupados pela Rússia ao longo do ano passado, hoje concentrados no leste do país. Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra, dos Estados Unidos, as 💥️tropas de Moscou investirão pesado para resistir nas cidades e vilarejos que ainda controlam, e, em um segundo momento, avançarão na tentativa de reconquistar os perdidos para a Ucrânia no ano passado.

Desde que lançou uma forte ofensiva para reconquistar territórios ocupados pela Rússia, em julho do ano passado, a Ucrânia já recuperou cerca de 18 mil quilômetros quadrados, segundo as estimativas do governo ucraniano.

Na quinta-feira (23), o ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, disse achar, com base nos relatórios do serviço de inteligência de seu país, que a guerra ainda deve durar, pelo menos, mais 12 meses.

1 de 9 25 de fevereiro de 2022- Natali Sevriukova chora em frente ao prédio onde morava após um ataque com foguete em Kyiv, na Ucrânia — Foto: Emilio Morenatti/AP 2 de 9 A expressão de Natalia Rudneva, ferida após bombardeio noturno em Kramatorsk, leste da Ucrânia — Foto: Andriy Andriyenko/AP 3 de 9 9 de março - Corpos são jogados em uma vala comum nos arredores de Mariupol, na Ucrânia. Bombardeios russos impediam a realização de enterros. — Foto: Evgeniy Maloletka/AP 4 de 9 Nadiya Trubchaninova, 70, chora enquanto segura a cruz sobre o túmulo de seu filho Vadym, 48, morto por soldados russos em 30 de março de 2022 em Bucha, na Ucrânia. — Foto: Rodrigo Abd/AP 5 de 9 Soldados carregam corpo de morto em ataque a estação de trem em Kramatorsk, na Ucrânia — Foto: FADEL SENNA / AFP 6 de 9 Pessoas ao lado de uma casa e carro danificados por um ataque de míssil em Kiev, na Ucrânia — Foto: Reuters/Valentyn Ogirenko 7 de 9 Uma câmera no painel de um veículo capturou o momento em uma explosão atingiu a cidade de Dnipro, na Ucrânia — Foto: Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia/Reprodução 8 de 9 Mulher fica ferida em explosão de edifício durante ofensiva militar russa em Chuguiv, no leste da Ucrânia, na manhã desta quinta (24) — Foto: Wolfgang Schwam/Anadolu Agency via Getty Images 9 de 9 7 de março - Pai coloca a mão na janela de vagão de trem enquanto se despede de sua filha na estação ferroviária central de Odessa, durante a guerra entre Rússia e Ucrânia — Foto: Bulent Kilic/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante discurso em Varsóvia, na Polônia, em 21 de fevereiro de 2023. — Foto: Evan Vucci/ AP 2 de 5 O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante discurso em Varsóvia, na Polônia, em 21 de fevereiro de 2023. — Foto: Evan Vucci/ AP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante discurso em Varsóvia, na Polônia, em 21 de fevereiro de 2023. — Foto: Evan Vucci/ AP

No que depender do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, seu💥️ país se tornará o grande sócio da Ucrânia na guerra - só nesta semana, ele fez uma visita surpresa à capital ucraniana, a primeira desde o início da guerra, anunciou um novo pacote de ajuda militar de mais de R$ 2,5 bilhões e deu um grande discurso a céu aberto com direito a show de luzes na vizinha Polônia.

Dias antes, sua vice, Kamala Harris, acusou a Rússia de crimes de guerra, pela primeira vez em quase um ano.

Mas Biden pode tropeçar em pedras colocadas dentro de sua própria casa: a oposição, que hoje comanda a Câmara dos Deputados do país. Deputados republicanos têm dado sinais de querem começar a barrar o apoio à Ucrânia.

Desde o início da guerra, os Estados Unidos já destinaram mais de R$ 273 bilhões ao governo de Volodymyr Zelensky.

💥️LEIA TAMBÉM:

Outdoor em São Petersburgo, na Rússia, exibe a foto de um soldado russo recrutado para a guerra na Ucrânia. 3 de janeiro de 2023. — Foto: AP - Dmitri Lovetsky 3 de 5 Outdoor em São Petersburgo, na Rússia, exibe a foto de um soldado russo recrutado para a guerra na Ucrânia. 3 de janeiro de 2023. — Foto: AP - Dmitri Lovetsky

Outdoor em São Petersburgo, na Rússia, exibe a foto de um soldado russo recrutado para a guerra na Ucrânia. 3 de janeiro de 2023. — Foto: AP - Dmitri Lovetsky

Depois de ter recrutado mais tropas no ano passado, convocando reservistas, Putin deve investir, ao longo deste ano, em tecnologia de guerra, que ficou parada na Guerra Fria, segundo disse à rede americana CNN o general David Petraeus, o ex-diretor da CIA e um dos comandantes das tropas norte-americanas no Afeganistão e no Iraque.

Na avaliação de Petraeus, um dos principais fatores que impediram a Rússia de avançar não foram apenas a resistência das tropas ucranianas e o respaldo militar do Ocidente, mas também uma 💥️série falhas na cultura militar das próprias Forças Armadas russas.

De 💥️falta de organização de equipes, passando por💥️ pouco treinamento e💥️ equipamento precário, essas falhas devem começar a ser corrigida por Putin, segundo Peatrus.

Do outro lado, a Ucrânia sabe que leva vantagem em termos tecnológicos. O país inaugurou a primeira guerra "em código aberto", termo que começou a ser usado para se referir à estratégia do governo de Volodymyr Zelensky de usar meios tecnológicos para se comunicar com o Ocidente e contar seu lado da história.

Dias antes de a guerra estourar, por exemplo, Zelensky pediu a todos os governos regionais que abrissem seus próprios canais de Telegram, o meio pelo qual conseguiram comunicar detalhes de ataques russos quase em tempo real ao resto do mundo.

O Kremlin foi no caminho contrário. Não falou de guerra e tentou esconder o que chamou de "operação militar especial" da maioria de seus cidadãos, bloqueando canais de comunicação. Esse cenário, no entanto, mudou em setembro, quando Putin, já precisando de mais tropas, foi à TV anunciar que convocaria 300 mil reservistas, entre eles pessoas que sequer haviam tido treinamento militar.

Sem querer, ele levou a guerra para dentro de seu país, e, segundo análises, aprendeu, com isso, que não pode mais escondê-la dos russos. No lugar disso, vem investindo internamente na narrativa de que está apenas se defendendo das tentativas expansivas de países do Ocidente.

A Europa, de certa forma, 💥️vê seu futuro no desempenho da Ucrânia, que, geograficamente, funciona como uma espécie de barreira geográfica do continente com a Rússia.

Por isso, os 💥️países da União Europeia concordaram em aumentar o apoio a Kiev ao longo de 2023.

No ano passado, o apoio europeu havia se concentrado em amplos pacotes de sanções à Rússia e o envio de armas e equipamentos militar menos pesados.

Tanque Leopard 2 dispara durante exercício militar na Letônia em 29 de setembro de 2022 — Foto: REUTERS/Ints Kalnins 4 de 5 Tanque Leopard 2 dispara durante exercício militar na Letônia em 29 de setembro de 2022 — Foto: REUTERS/Ints Kalnins

Tanque Leopard 2 dispara durante exercício militar na Letônia em 29 de setembro de 2022 — Foto: REUTERS/Ints Kalnins

Na última semana, a possível parceria da China com a Rússia deixou de ser uma possibilidade que poderia se concretizar ao longo de 2023 para um cenário cada vez mais claro.

Na terça-feira (21), Putin defendeu abertamente - pela primeira vez desde o início da guerra - uma parceria mais efetiva com Pequim contra o Ocidente.

Horas depois, funcionários dos governos dos dois país afirmaram que o líder chinês, Xi Jinping, irá a Moscou nos próximos meses para uma reunião bilateral com o presidente russo - também a primeira desde o início da guerra.

Putin e Xi em Pequim, em fevereiro de 2022 — Foto: Sputnik/Aleksey Druzhinin/Kremlin via REUTERS 5 de 5 Putin e Xi em Pequim, em fevereiro de 2022 — Foto: Sputnik/Aleksey Druzhinin/Kremlin via REUTERS

Putin e Xi em Pequim, em fevereiro de 2022 — Foto: Sputnik/Aleksey Druzhinin/Kremlin via REUTERS

No dia seguinte, o chanceler chinês, Wang Yi, visitou Moscou, se reuniu com Putin e falou em “aprofundar os laços com a Rússia”.

Embora se saiba pouco sobre a capacidade militar chinesa, a parceria pode ser uma tentativa da Rússia de conseguir mais equipamentos, principalmente tanques – segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, do Reino Unido, a Rússia perdeu metade de seus tanques pesados, que são estratégicos para resistir nos territórios ocupados.

O que você está lendo é [A guerra da Ucrânia vai acabar este ano? Veja cenários].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

Wonderful comments

    Login You can publish only after logging in...