1 ano de guerra na Ucrânia: entenda as diferentes fases da invasão russa

A guerra na Ucrânia, que começou há exatamente um ano e não deve acabar tão cedo, 💥️matou milhares, reduziu cidades inteiras a 💥️escombros, fez milhões de 💥️refugiados e alimentou temores de 💥️uma nova guerra mundial envolvendo 💥️armas nucleares da Rússia e dos Estados Unidos.

A invasão, que começou com bombardeios constantes e 💥️rápido avanço de tropas russas, passou por um período de 💥️estagnação, uma 💥️contraofensiva das tropas da Ucrânia e ataques a 💥️infraestrutura energética.

💥️Veja abaixo as quatro diferentes fases da guerra:

💥️LEIA MAIS:

Corpos foram encontrados nas ruas de Bucha em abril de 2022 — Foto: Zohra Bensemra 1 de 13 Corpos foram encontrados nas ruas de Bucha em abril de 2022 — Foto: Zohra Bensemra

Corpos foram encontrados nas ruas de Bucha em abril de 2022 — Foto: Zohra Bensemra

Fumaça é vista saindo de planta nuclear de Zaporizhzhia após um incêndio no complexo em 24 de agosto de 2022. — Foto: Planet Labs PBC via AP 2 de 13 Fumaça é vista saindo de planta nuclear de Zaporizhzhia após um incêndio no complexo em 24 de agosto de 2022. — Foto: Planet Labs PBC via AP

Fumaça é vista saindo de planta nuclear de Zaporizhzhia após um incêndio no complexo em 24 de agosto de 2022. — Foto: Planet Labs PBC via AP

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Cidade de Kherson foi liberada pelas tropas russas em novembro de 2022. — Foto: Valentyn Ogirenko/REUTERS 4 de 13 Cidade de Kherson foi liberada pelas tropas russas em novembro de 2022. — Foto: Valentyn Ogirenko/REUTERS

Cidade de Kherson foi liberada pelas tropas russas em novembro de 2022. — Foto: Valentyn Ogirenko/REUTERS

Mulher segura vela após cidade nos arredores de Kiev ficar sem luz por conta de ataques da Rússia, em 20 de outubro de 2022. — Foto: Emilio Morenatti/ AP 5 de 13 Mulher segura vela após cidade nos arredores de Kiev ficar sem luz por conta de ataques da Rússia, em 20 de outubro de 2022. — Foto: Emilio Morenatti/ AP

Mulher segura vela após cidade nos arredores de Kiev ficar sem luz por conta de ataques da Rússia, em 20 de outubro de 2022. — Foto: Emilio Morenatti/ AP

Tanque de batalha Leopard 2 durante treinamento em Munster, na Alemanha, em 28 de setembro de 2011 — Foto: Michael Sohn/AP 6 de 13 Tanque de batalha Leopard 2 durante treinamento em Munster, na Alemanha, em 28 de setembro de 2011 — Foto: Michael Sohn/AP

Tanque de batalha Leopard 2 durante treinamento em Munster, na Alemanha, em 28 de setembro de 2011 — Foto: Michael Sohn/AP

Apesar de a Ucrânia não fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), os países membros estão entre os 💥️principais apoiadores na luta do país contra a Rússia.

Liderados pelos Estados Unidos, os países da Otan possuem um acordo de que “o ataque contra um é um ataque contra todos”. No caso da Guerra na Ucrânia, a ajuda é de forma 💥️indireta, fornecendo armamentos, munição, informação e apoio humanitário, já que o país não é membro.

Por exemplo, um pacote de apoio da Comissão Europeia de💥️ €18 bilhões deverá ser pago em 💥️35 anos, a começar em 2033. Só que o principal objetivo desse fundo é que a Ucrânia consiga continuar pagando empréstimos já existentes, como a dívida que ela tem com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Seria uma forma de adiar e diluir o pagamento da dívida.

O dinheiro oferecido pelos Estados Unidos também terá que ser 💥️pago após a guerra, mas isso pode ser feito ao contratar empresas americanas para reconstruir a Ucrânia. Inclusive esse é o método preferido pelo governo americano, semelhante a acordos que foram feitos com países europeus após a 2ª Guerra Mundial.

O presidente dos EUA, Joe Biden, se encontrou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma viagem não programada ao país em guerra em 20 de fevereiro de 2023 — Foto: REUTERS/Gleb Garanich 7 de 13 O presidente dos EUA, Joe Biden, se encontrou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma viagem não programada ao país em guerra em 20 de fevereiro de 2023 — Foto: REUTERS/Gleb Garanich

O presidente dos EUA, Joe Biden, se encontrou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante uma viagem não programada ao país em guerra em 20 de fevereiro de 2023 — Foto: REUTERS/Gleb Garanich

8 de 13 Refugiados se aglomeram ao cruzar a fronteira da Ucrânia com a cidade polonesa de Medyka em março de 2022 — Foto: Yara Nardi/Reuters 9 de 13 Refugiados se aglomeram ao cruzar a fronteira da Ucrânia com a cidade polonesa de Medyka em março de 2022 — Foto: Yara Nardi/Reuters

Refugiados se aglomeram ao cruzar a fronteira da Ucrânia com a cidade polonesa de Medyka em março de 2022 — Foto: Yara Nardi/Reuters

Como consequência da guerra, cerca de 💥️35% dos ucranianos tiveram que deixar suas casas, sendo que 💥️20% estão fora do país. Segundo a ONU, esse é um dos maiores deslocamentos humanitários do mundo hoje.

Apenas 13% dos 💥️8 milhões de refugiados disseram que pretendem voltar para a Ucrânia nos próximos 3 meses, segundo uma pesquisa da ONU. Sendo que 33% pretendem fixar moradia nos países que os receberam.

Somam-se a esses números os 💥️deslocados internos. São aquelas pessoas que tiveram que sair de suas casas, mas não deixaram o país. Os ‘refugiados’ ucranianos que continuaram dentro da Ucrânia. A ONU registrou 💥️6,8 milhões de deslocados na sua mais recente contagem.

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A ONU fez uma pesquisa com os deslocados internos perguntando como estava a 💥️situação de suas moradias quando as deixaram. É uma pesquisa de percepção pessoal, mas serve como panorama do tamanho da destruição do país:

O Alto Comissário da Agência da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, fez no final de janeiro uma visita de seis dias pelos locais mais afetados da Ucrânia:

“A 💥️infraestrutura civil, como usinas de energia, sistemas de água, jardins de infância e prédios de apartamentos foram danificados ou destruídos. Civis, incluindo crianças e idosos, foram 💥️mortos ou 💥️fugiram de suas casas, tendo suas vidas inteiras arrancadas por esses ataques sem sentido", disse Grandi.

O brasileiro Saviano Abreu, funcionário da ONU na Ucrânia, entra em supermercado vazio na região de Kherson em novembro de 2022 — Foto: OCHA/Saviano Abreu 11 de 13 O brasileiro Saviano Abreu, funcionário da ONU na Ucrânia, entra em supermercado vazio na região de Kherson em novembro de 2022 — Foto: OCHA/Saviano Abreu

O brasileiro Saviano Abreu, funcionário da ONU na Ucrânia, entra em supermercado vazio na região de Kherson em novembro de 2022 — Foto: OCHA/Saviano Abreu

A seguinte notícia:

Parece ser de fevereiro de 2022, não é? Mas na verdade o texto é parte de uma reportagem publicada em 2014 no g1, quase 10 anos antes da atual invasão, quando a Rússia anexou a região da Crimeia.

As publicações de 2014 e 2022 possuem muitas semelhanças.💥️ Veja abaixo alguns exemplos:

Em 2014, o estopim para a crise foi o presidente ucraniano na época, Viktor Yanukovich, 💥️desistir de assinar um tratado de livre-comércio com a União Europeia, preferindo estreitar relações comerciais com a Rússia. Isso gerou revolta dentro da Ucrânia, onde grande parte da população queria se aproximar do Ocidente. A maior consequência dessa crise foi a separação da região da Crimeia, que tinha forte ligação com a Rússia.

Após a adesão da Crimeia ao governo de Moscou, outras áreas do leste da Ucrânia, de maioria russa, também começaram a sofrer com 💥️tensões separatistas. Grupos separatistas das regiões de 💥️Donetsk e de 💥️Luhansk lutaram contra as tropas ucranianas. A Rússia apoiou esses grupos. Mais de 14 mil pessoas morreram e em 2015 foi assinado um acordo de paz.

Só que foram as mesmas regiões separatistas que serviram de estopim para a invasão da Ucrânia em 2022, quando a Rússia decidiu reconhecê-las como💥️ repúblicas independentes no dia 21 de fevereiro.

Essa disputa tem um fundo histórico, pois a Ucrânia, assim como a Rússia, fez parte da União Soviética, mas também tem muito 💥️interesse comercial.

A Crimeia é um 💥️ponto estratégico importante de acesso ao Mar Negro. O Donbass, onde ficam Donetsk e Luhansk, é uma grande fonte de 💥️carvão e é uma área industrializada, com destaque para a 💥️metalurgia.

Além disso, grande parte do 💥️gás exportado da Rússia para a Europa passa pela região de Donbass. E o governo russo pagava para a Ucrânia pelo uso de seu território.

Tubos das instalações do gasoduto Nord Stream 1 em Lubmin, na Alemanha — Foto: REUTERS/Hannibal Hanschke 12 de 13 Tubos das instalações do gasoduto Nord Stream 1 em Lubmin, na Alemanha — Foto: REUTERS/Hannibal Hanschke

Tubos das instalações do gasoduto Nord Stream 1 em Lubmin, na Alemanha — Foto: REUTERS/Hannibal Hanschke

Quando o atual presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, começou a se 💥️aproximar do ocidente, Putin mobilizou seu exército para a 💥️invasão, no que ele chama até hoje de “operação especial” com o objetivo de “desnazificar e desmilitarizar” a Ucrânia.

Se é realmente uma preocupação 💥️militar ou uma decisão mais 💥️econômica, fica difícil saber. Assim como não é possível afirmar quando a guerra vai acabar.

Especialistas ouvidos pela BBC dizem que podemos esperar que o conflito continue ao longe de 2023. Como o inverno é intenso, eles acreditam que as tropas estejam se guardando para as investidas da primavera, que tem início em março. O que acontecer nesse período será fundamental para decidir o futuro da guerra.

A Ucrânia, por outro lado, está na expectativa de receber 💥️tanques de batalha modernos da Alemanha e dos EUA e podem decidir por uma 💥️ofensiva e consequente 💥️retomada dos territórios.

A terceira possibilidade é um 💥️acordo de paz ou cessar-fogo. Pode parecer improvável, já que os dois países disseram que pretendem continuar lutando. No entanto, o 💥️custo da guerra é alto e isso pode pesar para o lado russo do conflito, considerando que os países ocidentais continuam demonstrando interesse em seguir com apoio militar à Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, faz seu discurso anual na Assembleia Federal em Moscou, Rússia, em 21 de fevereiro de 2023 — Foto: Sputnik/Dmitry Astakhov/Kremlin via Reuters 13 de 13 O presidente russo, Vladimir Putin, faz seu discurso anual na Assembleia Federal em Moscou, Rússia, em 21 de fevereiro de 2023 — Foto: Sputnik/Dmitry Astakhov/Kremlin via Reuters

O presidente russo, Vladimir Putin, faz seu discurso anual na Assembleia Federal em Moscou, Rússia, em 21 de fevereiro de 2023 — Foto: Sputnik/Dmitry Astakhov/Kremlin via Reuters

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