IPCA-15: prévia da inflação fica em 0,76% em fevereiro

Reajustes nos preços de cursos regulares exerceram o maior impacto sobre a inflação em fevereiro, segundo o IBGE. — Foto: Divulgação 1 de 1 Reajustes nos preços de cursos regulares exerceram o maior impacto sobre a inflação em fevereiro, segundo o IBGE. — Foto: Divulgação

Reajustes nos preços de cursos regulares exerceram o maior impacto sobre a inflação em fevereiro, segundo o IBGE. — Foto: Divulgação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — ficou em 0,76% em fevereiro, informou nesta sexta-feira (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice acelerou na comparação com janeiro, quando ficou em 0,55%. Já o indicador acumulado em 12 meses desacelerou de 5,87% para 5,63%. Em fevereiro de 2022, o IPCA-15 foi de 0,99%.

De acordo com o IBGE, dentre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados para composição do indicador, oito tiveram alta na comparação com janeiro. A exceção ficou por conta de vestuário, único a apresentar deflação no mês.

O maior impacto sobre a prévia da inflação, no entanto, partiu do grupo de educação, que teve alta de 6,41% em relação a janeiro, respondendo por 0,36 ponto percentual (p.p) do índice de fevereiro.

Segundo o IBGE, a alta no grupo educação é sazonal, por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo nas mensalidades dos cursos regulares.

As maiores variações vieram do ensino médio (10,29%), do ensino fundamental (10,04%), da pré-escola (9,58%) e da creche (7,28%). Também houve alta nos cursos do ensino superior (5,33%), técnicos (4,50%) e de pós-graduação (3,47%).

O segundo maior impacto sobre o IPCA-15 de fevereiro, de 0,10 p.p., partiu do grupo Habitação, influenciado pelas altas em aluguel residencial (0,89%) e condomínio (0,62%).

Também houve impacto de reajustes regionais da taxa de esgoto, do gás encanado e da energia elétrica.

Segundo o IBGE, a alta de preços Alimentação e Bebidas desacelerou de 0,55% para 0,39% na passagem de janeiro para fevereiro, puxada, sobretudo, pela deflação em produtos básicos na mesa dos brasileiros como a cebola (-19,11%), o tomate (-4,56%), o frango em pedaços (-1,98%) e as carnes (-0,87%).

No lado das altas, destacaram-se o aumento nos preços médios da cenoura (24,25%), das hortaliças e verduras (8,71%), do leite longa vida (3,63%), do arroz (2,75%) e das frutas (2,33%).

A alimentação fora do domicílio (0,40%) ficou com resultado próximo ao do mês anterior (0,39%). O lanche teve alta de 0,78% e, a refeição, de 0,16%.

O IBGE destacou que houve queda de 9,45% nos preços médios das passagens aéreas, o que pressionou a desaceleração de 0,17% para 0,08% da alta de preços no grupo Transportes.

Além disso, todos os combustíveis registraram queda de preço em fevereiro: etanol (-1,65%), gás veicular (-1,59%), óleo diesel (-0,59%) e gasolina (-0,04%).

Houve impacto, também, do aumento nos preços de emplacamento e licença (1,62%), que incorporou a fração mensal referente ao IPVA de 2023.

Ainda de acordo com o IBGE, o IPCA-15 teve alta em todas as áreas pesquisadas em fevereiro. A maior variação foi registrada em Salvador (1,19%), influenciada pelas altas dos cursos regulares (7,84%), da energia elétrica (5,99%) e da gasolina (5,16%).

O menor resultado, por sua vez, ocorreu em Goiânia (0,41%), onde pesaram as quedas de 3,07% da gasolina e de 2,49% da energia elétrica.

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