Juro médio dos bancos avança para 43,5% ao ano em janeiro, maior nível em cinco anos e meio

A taxa média de juros cobrada pelos bancos em suas operações com pessoas físicas e com empresas teve aumento de 1,8 ponto percentual em janeiro deste ano, para 43,5% ao ano. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (27) pelo Banco Central.

Esse é o maior patamar desde agosto de 2017, quando somou 45,6% ao ano, ou seja, em cerca de cinco anos e meio. A série histórica do BC tem início em março de 2011.

O juro médio, nesse caso, foi calculado com base em recursos livres – ou seja, não inclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O novo aumento dos juros bancários acontece em um momento de estabilidade na taxa básica da economia, a Selic, que está em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado.

No cheque especial das pessoas físicas, a taxa recuou de 132,1% ao ano, em dezembro, para 132% ao ano em janeiro de 2023. A queda foi de 0,1 ponto percentual no mês passado.

A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, por sua vez, avançou de 407,7% ao ano no fim de 2022 para 411,5% ao ano em janeiro. É o maior patamar desde agosto de 2017 (428% ao ano).

O volume total do crédito bancário em mercado, segundo o Banco Central, recuou 0,3%, para R$ 5,26 trilhões em janeiro. Em dezembro do ano passado, somava R$ 5,27 trilhões.

"O volume de crédito para as empresas diminuiu 2,4% ao totalizar R$ 2,1 trilhões, enquanto para as famílias houve crescimento de 1,1%, atingindo R$ 3,2 trilhões", informou o BC.

Para as pessoas físicas, houve destaque para o crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, com alta de 2,5%; crédito consignado para trabalhadores do setor público, com aumento de 1%; no cartão de crédito rotativo (+4%) e no cheque especial (+9%).

Segundo o BC, o endividamento somou 49,6% da renda acumulada nos doze meses até novembro do ano passado. A série histórica do BC para este indicador tem início em janeiro de 2005.

Com isso, registrou queda marginal na comparação com o outubro de 2022, quando estava em 49,7%.

Em fevereiro de 2023, antes da pandemia da Covid-19, o endividamento das famílias somava 41,8%.

Ao mesmo tempo, a taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito subiu de 3%, em dezembro de 2022, para 3,2% em janeiro deste ano. É a maior desde abril de 2023 (3,3%)

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