Alvo de protestos, presidente do México posta foto antiga que diz ser duende em obras de trem polêmico

1 de 2 O presidente mexicano, López Obrador, divulgou foto de 2023 afirmando ser atual e retratar um duende, em fevereiro de 2023. — Foto: Reprodução

O presidente mexicano, López Obrador, divulgou foto de 2023 afirmando ser atual e retratar um duende, em fevereiro de 2023. — Foto: Reprodução

Alvo de uma onda atual de protestos contra uma mudança na lei eleitoral, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, abriu outra polêmica com uma postagem sobre um suposto duende desmentida pelo Twitter.

Ele publicou uma foto de uma árvore durante a noite e 💥️afirmou que uma sombra na imagem que se assemelha a uma pessoa seria um duende. A fotografia, sustenta Obrador na postagem, foi feita por engenheiro que supervisiona as obras do Trem Maya, um polêmico projeto de uma linha ferroviária de cerca de 1.500 quilômetros no interior do país, alvo constante de pedidos de paralisação por gastos excessivos.

A publicação gerou centenas de comentários, e usuários compartilharam links que divulgavam a mesma imagem em 2023. Segundo essas publicações, a fotografia foi tirada não pelo engenheiro que Obrador alega ser o autor dela, mas por um fotógrafo chamado Juan Pacheco e foi tirada na localidade de Terán, perto de Monterrey.

O presidente do México ainda não havia se manifestado sobre a correção do Twitter ao seu post até a última atualização desta notícia.

A reforma pretende reduzir o orçamento do Instituto Nacional Eleitoral do México e colocar o órgão, atualmente independente, sob tutela do governo e do Supremo Tribunal.

2 de 2 Multidão se concentra em praça na Cidade do México para protestar contra reforma de órgão eleitoral, em 27 de fevereiro de 2023. — Foto: Câmeras da Cidade do México/Handout via Reuters

Multidão se concentra em praça na Cidade do México para protestar contra reforma de órgão eleitoral, em 27 de fevereiro de 2023. — Foto: Câmeras da Cidade do México/Handout via Reuters

No domingo, na maior manifestação até agora no governo de Obrador, cerca de 500 mil pessoas se reuniram na Cidade do México para condenar a reforma, aprovada no Senado na semana passada.

No fim do dia, o secretário adjunto de Estado dos Estados Unidos, Brian Nichols, manifestou apoio do governo norte-americano aos protestos e disse que as reformas eleitorais estavam "testando a independência das instituições eleitorais e judiciais".

Obrador vem rebatendo as críticas e acusando as elites de desvirtuar os propósitos de seu governo. Ele afirma que vai reverter o dinheiro que tirará do instituto para as camadas pobres do país.

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