Entenda a polêmica envolvendo a visita de Lula a Portugal e a sessão sobre a Revolução dos Cravos no parlamento do país europeu

Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, discursa durante visita ao Brasil no dia 23 de fevereiro de 2023 — Foto: Ministério das Relações Exteriores/Reprodução 1 de 3 Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, discursa durante visita ao Brasil no dia 23 de fevereiro de 2023 — Foto: Ministério das Relações Exteriores/Reprodução

Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, discursa durante visita ao Brasil no dia 23 de fevereiro de 2023 — Foto: Ministério das Relações Exteriores/Reprodução

Após uma declaração do chanceler português, na semana passada, de que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, iria discursar na Assembleia da República de Portugal durante a celebração da Revolução dos Cravos , em abril, alguns deputados daquele país se posicionaram 💥️contra a participação de um líder estrangeiro no evento comemorativo.

Passados alguns dias, veio a confirmação de que Lula 💥️não irá discursar na sessão solene que vai marcar os 49 anos da Revolução dos Cravos Assembleia da República, o parlamento português, mas será, sim, recebido na casa em uma💥️ cerimônia separada.

A confusão começou no dia 23 de fevereiro, durante a visita ao Brasil do ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho.

O ministro deu a entender que o presidente do Brasil iria discursar na Assembleia da República, o parlamento português, durante a homenagem à Revolução dos Cravos:

Lula durante uma visita a Portugal antes das eleições de 2022 — Foto: Armando Franca/AP Photo 2 de 3 Lula durante uma visita a Portugal antes das eleições de 2022 — Foto: Armando Franca/AP Photo

Lula durante uma visita a Portugal antes das eleições de 2022 — Foto: Armando Franca/AP Photo

A declaração ministro dos Negócios Estrangeiros foi logo rechaçada por partidos de direita de Portugal.

Segundo reportagem do jornal português “Diario de Notícias”, representantes dos partidos Chega e Iniciativa Liberal consideraram o ato “um desrespeito” e um “atropelo inaceitável”.

Eles apontaram que o parlamento tem soberania em decidir quem iria discursar ou não na sessão solene, com o agravante de ser em uma celebração de uma data importante da história da democracia de Portugal.

Um deputado da esquerda portuguesa, Pedro Filipe Soares, fez o seguinte questionamento no Twitter: “Pode Lula da Silva explicar a Cravinho e Santos Silva o princípio da separação dos poderes?”.

No dia seguinte, em um telejornal português, Cravinho disse que fez o convite ao presidente brasileiro e que o único dia disponível para ele visitar o parlamento seria o próprio dia 25 de abril, mas que “a Assembleia é soberana” e caberia a ela decidir se Lula iria ou não discursar.

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, propôs então uma 💥️sessão solene separada, possivelmente no mesmo dia, para receber o presidente do Brasil no parlamento.

O presidente brasileiro visitará Lisboa entre os dias 22 e 25 de abril para participar da cúpula bilateral Portugal-Brasil, reunião conjunta dos dois governos.

As lideranças dos dois países também vão estar na entrega a Chico Buarque do Prêmio Camões.

Mulher passa ao lado de painel com fotos da Revolução dos Cravos durante comemoração em 2014 — Foto: Francisco Seco/AP 3 de 3 Mulher passa ao lado de painel com fotos da Revolução dos Cravos durante comemoração em 2014 — Foto: Francisco Seco/AP

Mulher passa ao lado de painel com fotos da Revolução dos Cravos durante comemoração em 2014 — Foto: Francisco Seco/AP

Também conhecido como "Revolução de 25 de Abril", o acontecimento foi uma revolta em 1974 que 💥️derrubou a ditadura militar de Portugal, iniciada em 1926 por Antônio de Oliveira Salazar.

Oficiais intermediários do exército, principalmente capitães, organizaram uma revolta e destituíram 💥️sem grande resistência o governo ditatorial, dando início a uma transição para a democracia.

A associação com a 💥️flor cravo se deve ao fato de que essas flores foram distribuídas aos soldados durante o movimento. Os militares as colocaram nos canos de suas espingardas, criando um 💥️símbolo para a revolução.

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