MPRJ abre inquérito para investigar venda da Estação Cantareira para sócio da CCR Barcas

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) 💥️abriu inquérito para investigar possíveis irregularidades na venda da Estação Cantareira, em Gragoatá, pela CCR Barcas, em 2013.

O prédio histórico, que já pertenceu ao Governo do Estado, teve uma valorização surpreendente na última década e foi alvo de negócios suspeitos.

Em 1998, a Estação Cantareira foi transferida para a Empresa Barcas S.A., que ganhou a licitação para substituir a Conerj, antiga empresa de naveção do estado.

Em 2012, o Grupo CCR comprou 80% do capital da Barcas S.A. e rebatizou a concessão para CCR Barcas.

No ano seguinte, a concessionária vendeu a Estação Cantareira para um dos seus sócios — o empresário Amaury Andrade, também dono de empresas de ônibus.

Amaury Andrade pagou R$ 2 milhões pela estação, avaliada então em R$ 8 milhões. O empresário morreu no dia 27 de dezembro do ano passado.

O documento de venda da Estação Cantareira mostra que Amaury de Andrade pagou cerca de R$ 2 milhões — Foto: Reprodução/ TV Globo 1 de 3 O documento de venda da Estação Cantareira mostra que Amaury de Andrade pagou cerca de R$ 2 milhões — Foto: Reprodução/ TV Globo

O documento de venda da Estação Cantareira mostra que Amaury de Andrade pagou cerca de R$ 2 milhões — Foto: Reprodução/ TV Globo

No fim do ano passado, a Prefeitura de Niterói desapropriou a antiga estação para a construção de um centro cultural. Para isso, saíram mais de R$ 20,7 milhões dos cofres do município.

Ao abrir a investigação, a 💥️promotora Renata Scarpa Fernandes Borges questionou o valor pago pela Prefeitura. A denúncia foi feita pelo vereador de Niterói Paulo Eduardo Gomes (Psol).

Segundo a promotora, "o valor fixado para o bem é muito superior ao valor pago quando da aquisição pelo Sr. Amaury e o pagamento ocorreu um dia após a morte dele, num rapidíssimo procedimento administrativo."

Em 2017, a Justiça do Rio anulou a concessão das Barcas, e a promotora afirma que, em função disso, até mesmo a venda da Estação Cantareira para Amaury Andrade poderá ser anulada.

Ela defende que o imóvel permaneça como patrimônio do Estado e, portanto, não poderia ter sido desapropriado pelo município de Niterói.

Antiga Estação Cantareira, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo 2 de 3 Antiga Estação Cantareira, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Antiga Estação Cantareira, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

A 💥️Prefeitura de Niterói diz que a avaliação da Estação Cantareira foi feita por peritos do município seguindo normas técnicas. E que o laudo da vistoria foi enviado para a Câmara de Vereadores e aprovado em votação.

A prefeitura diz ainda que vai prestar todos os esclarecimentos quando for notificada pelo Ministério Público.

A 💥️CCR Barcas diz que a venda da estação aconteceu antes da decisão da Justiça, que decretou a anulação do contrato. E que, no momento que comprou a Conerj, recebeu passivos muito superiores ao valor do imóvel.

Estação Cantareira, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo 3 de 3 Estação Cantareira, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Estação Cantareira, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

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