Polícia Civil faz operação no Complexo da Maré; unidades de saúde e escolas fecham as portas
Por conta de uma operação da Polícia Civil no Complexo da Maré, na manhã desta quinta-feira (2), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) interrompeu o funcionamento do 💥️Centro Municipal de Saúde da Vila do João e atende parcialmente na 💥️Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva, na Nova Holanda.
Pouco depois das 11h30, o Globocop flagrou homens armados circulando na Vila do João.
1 de 3 Criminosos armados na Vila do João durante operação da Polícia Civil — Foto: Reprodução/TV GloboCriminosos armados na Vila do João durante operação da Polícia Civil — Foto: Reprodução/TV Globo
A Polícia Civil informou que está na região para evitar uma "guerra" entre o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP).
Segundo a instituição, "desde a noite de quarta-feira (1º) foi verificada uma grande concentração de criminosos de outras favelas do TCP fortemente armados na Maré, o que ratificou as informações de inteligência de uma iminente disputa entre as facções rivais atuantes na localidade."
Ainda de acordo com corporação, "dados de investigação e de inteligência da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) dão conta de que há uma enorme tensão entre as duas facções criminosas atuantes no Complexo da Maré (CV e TCP), após a recente soltura da ex liderança do TCP, Nei da Conceição Cruz, o Facão, o qual teria se afastado da quadrilha."
Responsáveis relatam que precisaram buscar as crianças na escola, que teriam sido liberadas na presença dos pais. Imagens mostram várias crianças sentadas no chão de uma escola, se protegendo dos tiros.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que, por conta da operação, todas as unidades de ensino da Maré e entorno acionaram o protocolo de segurança para proteger as crianças, corpo docente e responsáveis. As medidas são para tentar "reduzir os impactos da violência".
Parte do protocolo consiste em levar os estudantes para locais de menor impacto dentro das próprias unidades, como foi o caso da foto que mostra crianças em um corredor. Ainda não há informações sobre as aulas no turno da tarde.
2 de 3 Pacientes se protegem na Clínica da Família do Pinheiro — Foto: ReproduçãoPacientes se protegem na Clínica da Família do Pinheiro — Foto: Reprodução
Uma outra foto mostra pacientes agachados na Clínica da Família do Pinheiro.
Desde o começo da manhã, 💥️moradores relatam um intenso confronto entre policiais e bandidos em várias localidades do complexo de favelas. Quem vive nas comunidades afirma que os policiais usam💥️ blindados e💥️ helicópteros.
Segundo moradores, há confrontos no 💥️Conjunto Esperança, 💥️Timbau, Vila dos Pinheiros e 💥️Vila do João.
Agentes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e da Delegacia de Roubos e Furtos de automóveis (DRFA), com apoio de diversas Delegacias do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), estão na região.
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que "O Centro Municipal de Saúde Vila do João acionou o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança de profissionais e usuários, interrompeu o funcionamento na manhã desta quinta-feira (02)".
"Já a Clínica da Família Jeremias Moares da Silva mantém o atendimento à população. Apenas as atividades externas realizadas no território, como as visitas domiciliares, estão suspensas".
3 de 3 Crianças se abaixam em meio a tiroteio no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio — Foto: ReproduçãoCrianças se abaixam em meio a tiroteio no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio — Foto: Reprodução
A Prefeitura do Rio também informou sobre o funcionamento das escolas municipais da região.
"A Secretaria Municipal de Educação, em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, sempre colocando em primeiro lugar a segurança dentro das unidades escolares, implantou o Programa Acesso Mais Seguro, que busca reduzir os impactos da violência armada no entorno das escolas municipais com orientações e procedimentos para a proteção dessa comunidade.
Cada unidade escolar que faz parte do Programa Acesso Mais Seguro é treinada periodicamente para construir e atualizar frequentemente o protocolo de segurança e, com base nele e na análise de risco do território, em um momento de confronto nos arredores, são tomadas decisões planejadas e orientadas para a preservação da segurança de alunos, professores, funcionários, pais e responsáveis.
O protocolo Acesso Mais Seguro mantém o foco na Educação, preservando vidas e o direito de aprender dos estudantes da SME/RJ.
As unidades localizadas na Maré e no seu entorno estão hoje, quinta, em funcionamento e com o protocolo do Acesso Mais Seguro acionado para garantir a segurança dos alunos e de toda a comunidade escolar".
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