25 anos depois: lembra-se do pânico global gerado pelo Millennium Bug?

Foram momentos de pânico, teorias da conspiração e muita, muita desinformação. Há 25 anos, o mundo sustinha a respiração para saber quais as consequências do chamado Millennium Bug. E alguns cenários eram mesmo dantescos.

Glitch do Y2K

Há um quarto de século, o mundo preparava-se para entrar no novo milénio, mas um medo generalizado dominava governos, empresas e cidadãos: o temido 💥️Millennium Bug (ou Y2K Bug). Este erro, potencialmente catastrófico, resultava de uma falha de programação em computadores que, teoricamente, poderia levar a falhas globais nos sistemas de informação e infraestruturas críticas ao passarem do ano 1999 para 2000.

Embora o pânico tenha provado ser exagerado, o medo gerado marcou profundamente a transição para o novo milénio, revelando tanto a nossa dependência crescente da tecnologia como a capacidade do mundo de se mobilizar para evitar um desastre iminente.

O Millennium Bug surgiu devido a uma prática comum nos primeiros dias da programação de computadores. Para poupar memória (que era muito limitada na época), os programadores representavam os anos com apenas dois dígitos – por exemplo, "1999" era armazenado como "99". O problema? Quando o relógio mudasse para "2000", os computadores poderiam interpretar o ano como "1900", causando confusão em cálculos de datas e operações dependentes do tempo.

Os possíveis cenários iam desde 💥️falhas em sistemas bancários, cancelamento de voos e interrupções em redes elétricas até colapsos em infraestruturas críticas, como hospitais e governos.

O pânico antes do ano 2000

À medida que o ano 2000 se aproximava, o receio de um caos generalizado aumentava. Governos e empresas gastaram milhares de milhões de euros para atualizar sistemas e evitar o desastre. E algumas situações mais insólitas que marcaram essa época.

Para evitar o caos, foram mobilizados recursos gigantescos. Governos de todo o mundo contrataram equipas de 💥️especialistas para atualizar sistemas e realizar testes exaustivos. Empresas privadas, especialmente no setor financeiro e na aviação, gastaram fortunas a garantir que os seus sistemas eram à prova de falhas.

O esforço foi tão massivo que, em algumas regiões, superou problemas reais de infraestrutura, como a falta de investimentos em educação e saúde. Estima-se que os 💥️gastos globais com o Y2K tenham ultrapassado os 300 mil milhões de dólares.

Quando o relógio bateu a meia-noite de 31 de dezembro de 1999, o impacto foi mínimo.

O que aconteceu quando o relógio mudou?

Quando o relógio marcou 00:00 no dia 1 de janeiro de 2000, o mundo suspirou de alívio. Não houve apagões em massa, os aviões não caíram, e os sistemas bancários continuaram a funcionar. As falhas registadas foram mínimas e localizadas, como um 💥️sistema de pagamento na Austrália que debitou algumas transações duas vezes.

O caso mais mediático foi o registo de um erro em relógios digitais na Coreia do Sul, que avançaram diretamente para o ano 1900, mas o problema foi resolvido em poucas horas. Estes episódios 💥️fizeram com que muitas pessoas considerassem o Y2K uma farsa, embora os especialistas argumentem que o esforço preventivo global foi precisamente o que evitou o desastre.

O Millennium Bug foi um marco histórico que misturou pânico, exagero e precaução. E já foi há 25 anos. O que a tecnologia andou de lá para cá...

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