'Fila do INSS não se resolve do dia para noite', diz ministro da Previdência

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou, em entrevista à GloboNews, que o governo vai trabalhar para diminuir a fila de segurados à espera de liberação de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas que não é possível estabelecer uma data para que tudo seja normalizado.

Lupi afirmou que não é possível acabar com a fila neste ano. "Não consigo fila aceitável até fim do ano (...). Fila não se resolve do dia para noite (...). Meu prazo é de racionalidade e razoabilidade", afirmou.

Entre as providências que o ministro citou para diminuir o gargalo de segurados à espera da concessão de benefícios estão mutirões que levarão peritos para regiões onde as filas de espera são maiores. Esses profissionais já estão sendo treinados, segundo Lupi.

O ministro citou o Nordeste, onde há um muitos locais onde a perícia não chega. "O maior gargalo é na perícia, principalmente no Nordeste. Há lugares que ficam a 300 km de distância de uma agência. É nisso que o mutirão vai funcionar", disse.

"Isso está sendo desenhado pelo departamento de perícia do INSS para impactar com força a diminuição da fila", afirmou.

Outra medida será dar transparência para os números, mostrando o que é fila de aposentadoria, de auxílio-doença, de pensão e o que é reincidência, segundo Lupi. "Tem gente que está com vários pedidos e puxa na fila também", afirmou.

De acordo com Lupi, a cultura do INSS sempre foi dizer não, mas agora o governo vai trabalhar para simplificar os sistemas para que eles correspondam às necessidades da população.

Para o ministro, é preciso melhorar a informatização dos sistemas, reforçar o quadro de pessoal de atendimento e análise e de perícia.

"Temos que encarar a previdência como direito, e não como déficit", disse.

💥️Veja abaixo a íntegra da entrevista do ministro à GloboNews:

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) e Ministério da Previdência Social, a fila de espera no INSS teve um aumento 13% em janeiro em relação a dezembro do ano passado. Em janeiro, eram 1,23 milhão de pedidos parados há mais de 45 dias, enquanto em dezembro eram 1,08 milhão.

Além disso, em dezembro do ano passado, 732.987 pessoas entraram com pedido de benefício no INSS. Em janeiro, foram 815.099, somando-se aos que já estão esperando.

Para Adriane Bramante, presidente do IBDP, faltam estrutura e funcionários no INSS. "Tem que tratar o segurado com respeito. Abrir as agências do INSS de uma forma ampla, sem que você tenha que ter o agendamento. Ele chega lá tem que ser atendido, qualquer que seja a demanda dele", afirma.

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