Em conversa por vídeo, Lula reafirma proposta do 'clube da paz', e Zelensky convida o brasileiro para visitar a
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, postou nas redes sociais uma foto da conversa por vídeo com Lula — Foto: Reprodução
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por vídeo, na tarde desta quinta-feira (2), com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Em uma rede social, Lula escreveu que reafirmou a proposta para um grupo de países neutros intermediarem o diálogo pela paz.
A Ucrânia, há pouco mais de um ano, teve seu território invadido pela Rússia. Desde então, a guerra se arrasta e tornou-se um dos principais problemas geopolíticos do mundo.
"Tive uma reunião por vídeo agora com o presidente da Ucrânia, Zelensky. Reafirmei o desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção da paz e do diálogo. A guerra não pode interessar a ninguém", escreveu Lula.
A proposta para criar o grupo de países em prol do diálogo tem sido uma das bandeiras de Lula no cenário externo. O grupo, que ainda não saiu do papel, vem sendo apelidado de "clube da paz".
Na semana passada, o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, afirmou que o Kremlin está estudando a proposta de Lula.
Também em uma rede social, Zelensky comentou a conversa que teve com Lula.
"Eu tive uma conversa por telefone com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Agradeci pelo apoio a nossa resolução na ONU. Nós destacamos a importância de defender o princípio da soberania e integridade territorial dos Estados. Nós também discutimos sobre esforços diplomáticos para trazer a paz de volta para a Ucrânia e o mundo", escreveu o presidente ucraniano.
Também na semana passada, Zelensky disse que convidou Lula para visitar seu país e se reunirem pessoalmente. Na conversa desta quinta Zelensky reforçou o convite.
Lula tem afirmado que o Brasil é um país de paz e não quer tomar lado na guerra do leste europeu. Para ele, a invasão da Ucrânia pela Rússia foi um "erro crasso", mas "quando um não quer, dois não brigam". Internamente, para interlocutores do Itamaraty, a posição firme e, ao mesmo tempo, de país conciliador dá ao Brasil condições diplomáticas de liderar o processo.
Na semana passada, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que reivindica a "retirada imediata" das tropas russas da Ucrânia e condena a invasão ao país. O documento contou também com uma contribuição brasileira, que incluiu um trecho pedindo a "cessação das hostilidades".
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