PM que sobreviveu a emboscada em Jacarepaguá já foi preso por chefiar milícia na Zona Oeste
Um policial militar foi morto e outro baleado em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no fim da noite de quinta-feira (2) — Foto: Reprodução/ TV Globo
O PM ferido enquanto lanchava em um trailer em Jacarepaguá já foi preso por chefiar uma milícia em Curicica, na Zona Oeste do Rio, de acordo com investigações do Ministério Público do Rio (MPRJ). O 2º sargento Jorge Henrique da Silva está afastado das funções desde 2023.
Na Polícia Militar, Jorge Henrique respondeu a procedimentos internos na Corregedoria por diversas transgressões disciplinares devido à sua atuação na Zona Oeste.
2 de 2 Um policial militar foi morto e outro baleado em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no fim da noite de quinta-feira (2) — Foto: Reprodução/ TV GloboUm policial militar foi morto e outro baleado em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, no fim da noite de quinta-feira (2) — Foto: Reprodução/ TV Globo
Em 2017, o então comandante-geral da corporação determinou uma investigação contra o sargento após a 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar receber um vídeo em que ele aparecia armado.
No vídeo, Jorge Henrique aparece ao lado de outros homens, também armados, dizendo fazer parte do 💥️"Bonde dos Sargentos" na comunidade Asa Branca, em Curicica.
Ao ser confrontado sobre as imagens, ele não soube explicar o que aconteceu e nem quem eram os homens.
Em julho de 2023, Jorge Henrique foi preso na 💥️Operação Gogue Magogue, do Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
As investigações do MP apontavam a cobrança de taxas extorsivas a mototaxistas para permitir que eles circulem livremente pela região de Jacarepaguá, Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste.
Segundo a denúncia, Jorge Henrique, conhecido como Dô, liderava a comunidade com a ajuda de outros PMs.
💥️Além dele, também foram presos na ação:
De acordo com o MP, entre 2017 e 2023, o grupo atuava como uma milícia na região, "com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem econômica, mediante a prática de incontáveis crimes, notadamente os delitos de exploração e comercialização de sinais clandestinos de televisão a cabo, venda de cigarros ilegais, exploração ilícita de pontos de mototáxi, com cobrança de taxas de extorsão aos mototaxistas e corrupção de agentes públicos, dentre outros."
Dias depois da prisão, o sargento teve a função pública suspensa por determinação da juíza Ana Paula Monte Figueiredo Barros, da Justiça Militar do Rio.
Graças a um alvará de soltura, Jorge deixou o Batalhão Especial Prisional da PM em novembro daquele mesmo ano.
Desde então, Jorge Henrique está afastado das funções como policial militar. Ele também teve o porte de arma revogado e a cédula de identidade da PM do Rio acautelada.
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