Polícia Civil fecha escritórios do golpe do empréstimo consignado no RJ

💥️Oito pessoas foram presas e dois escritórios especializados em golpes de consignados em aposentados e pensionistas foram fechados nessa segunda-feira (6), no Centro de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

Nos locais os atendentes tinham cadernos com roteiros de como ludibriar as vítimas. O bando vai responder por 💥️associação criminosa.

Nos últimos meses, a polícia fechou vários espaços utilizados nessa prática criminosa.

1 de 2 Material apreendido nas salas usadas pelos golpistas — Foto: Divulgação

Material apreendido nas salas usadas pelos golpistas — Foto: Divulgação

Segundo a 72ª DP (São Gonçalo), investigadores da distrital receberam uma informação do Disque Denúncia relatando que na Rua Doutor Nilo Peçanha, 110, sala 1208, no Centro de São Gonçalo, funcionava uma empresa de fachada onde eram aplicados golpes do falso empréstimo consignado.

Os policiais foram até o espaço e lá encontraram um call center, onde quatro mulheres trabalhavam oferecendo os empréstimos e a renovação de contratos fraudulentos, pelo telefone.

2 de 2 Golpistas usavam bancos de dados para entrar em contato com as vítimas — Foto: Reprodução

Golpistas usavam bancos de dados para entrar em contato com as vítimas — Foto: Reprodução

Na primeira sala foram presas quatro mulheres.

De acordo com o delegado Márcio Esteves de Jesus, "enquanto os policiais faziam uma varredura no 12º andar do prédio, tiveram atenção voltada para uma segunda sala no mesmo andar. Nesta sala havia uma movimentação de pessoas, sendo possível ouvir nitidamente que naquele local funcionava outro call center, apesar do imóvel ostentar na porta um cartaz de 'alugo ou vendo.'"

No local foram presos um homem e três mulheres.

Segundo Márcio Esteves, "o golpe consiste em consultar um banco de dados de clientes bancários, analisar empréstimos e margem disponível, e através de contato telefônico, ludibriar a vítima com supostas vantagens."

Nas duas salas, a polícia informou que apreendeu "diversas anotações dando conta de movimentação financeira e um roteiro de como as atendentes deveriam agir para convencer as vítimas a aceitarem os empréstimos."

"Ao final, os valores não eram creditados na conta das vítimas, ou quando eram, estas aceitavam devolver o valor, ficando com uma parte pequena do empréstimo, em troca do escritório firmar o compromisso de pagar as parcelas vincendas. Posteriormente, após, duas ou três prestações pagas, a empresa deixava de quitar as prestações, ficando a vítima com toda a dívida, aumentada de juros e correção monetária", disse o delegado.

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