‘Não é porque deu errado num jogo que a culpa é da PM’, diz Castro sobre confrontos no Flamengo x Vasco
O governador Cláudio Castro (PL) afirmou nesta terça-feira (7) que “a PM está no caminho certo” na segurança de jogos de futebol no estado. Nesta quarta-feira (8), começa a valer uma suspensão de 90 dias para três torcidas organizadas — em punição aos confrontos do último domingo (5), quando um homem morreu antes do clássico entre Flamengo e Vasco.
“Não é porque deu errado num jogo que a culpa é da PM. Essa é uma operação que acontece há muitos anos, e desta vez não funcionou. Que bom que a PM está sempre pensando em evoluir, melhorar, porque é assim que se faz segurança pública: melhorando a cada dia, vendo o que deu errado naquele jogo, aperfeiçoando. Mais ou menos a PM mostra que está no caminho certo”, afirmou Castro.
Nesta terça-feira (7), em entrevista ao 💥️RJ1, o porta-voz da PM, coronel 💥️Marco Antônio Andrade Santos, confirmou que “a instituição identificou deslizes na escolta e segurança do clássico”.
À TV Globo, o tenente-coronel 💥️Wagner Ferreira Marques, que é do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (Bepe), informou que as torcidas organizadas 💥️Raça Rubro-Negra, 💥️Jovem Fla e 💥️Força Jovem Vasco serão impedidas de entrar nos estádios por três meses.
💥️Ricardo Cardozo, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, defende que a suspensão seja por tempo indeterminado.
“Nós vamos mandar executar isso imediatamente, comunicando ao secretário estadual responsável pela segurança pública, para que adote já para amanhã [esta quarta]. Podem ter certeza de que o Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro não ficará omisso nesse momento, porque a sociedade precisa ter paz para comparecer a esses eventos, que trazem alegria para a população”, declarou.
A Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg) disse que vai recorrer da decisão.
“A gente vai tentar através do diálogo, como a gente sempre pregou, junto ao Bepe para que essa punição seja mais branda e venha a ser de 30 dias, para gente poder arrumar a casa”, explicou 💥️Luiz Cláudio do Carmo, presidente da entidade.
O porta-voz da PM afirmou que os "erros já estarão sanados" e que instaurou "um procedimento operatório interno" para indicar quem cometeu ou permitiu o problema. O porta-voz não informou quais serão as punições para os agentes que erraram na condução do planejamento.
Questionado sobre agentes do 15º BPM (Duque de Caxias) que escoltaram torcedores do Flamengo, que carregavam paus, porretes e alguns mascarados 💥️, Marco Andrade disse que foi um "erro".
Sobre o jogo entre Flamengo e Fluminense, nesta quarta-feira (8), pelo Campeonato Carioca, o tenente-coronel do Bepe afirmou que o time das Laranjeiras não pediu escolta para chegar até o Maracanã.
"A torcida do Fluminense hoje, em reunião com o Bepe, não pediu nenhum tipo de escolta. Eles vão chegar ao estádio (sozinhos), foram orientados sobre as medidas, sobre os riscos que eles podem sofrer caso ocorra alguma coisa semelhante ao último jogo. A gente acredita que, com certeza, a gente vai fazer um policiamento de sucesso", informou.
Contudo, Ferreira Marques não admitiu que seus comandados falharam na segurança dos torcedores.
Sobre o jogo desta quarta, o tenente-coronel informou que haverá um policiamento maior e que a torcida organizada do Flamengo não será escoltada. Já que está proibida de entrar no Maracanã.
"Para amanhã, muda a situação em relação as escoltas de torcidas. No caso, a gente estabelece uma escolta prévia, com reunião com as torcidas organizadas. Então, o Flamengo não vai ser escoltado, haja vista esse afastamento de 90 dias. Por sua vez, a torcida do Fluminense abdicou da escolta. Então, acredito que isso é uma mudança que vai causar um efeito muito grande, até em virtude dos jogos anteriores que as torcidas se encontravam. Acredito que amanhã o jogo não vai ter nenhum tipo de problema no que tange a confronto de organizadas", destacou.
Banidas dos estádios desde 2011 por força de um Termo de Ajustamento de Conduta, as torcidas Fúria Jovem (Botafogo), Raça Rubro-Negra e Torcida Jovem (Flamengo), Young Flu (Fluminense) e Força Jovem (Vasco) puderam voltar aos estádios este ano através de um novo termo com o Ministério Público e Forças de Segurança, que contou com a participação da Alerj (que fez um projeto de lei permitindo a chamada anistia).
O termo estabelece punições para agremiações envolvidas em novos atos de violência e que a PM seria responsável por ações de prevenção de violência nos estádios. O órgão da PM responsável por definir esse planejamento - e, na prática, a presença de determinadas organizadas - é o Grupamento Especial de Policiamente em Estádios (GEPE).
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