Brasil ainda se mostra tímido sobre o regime de Daniel Ortega

Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, em foto no dia da Independência do país, 15 de setembro — Foto: Presidência da Nicarágua/Cesar Perez/Handout via Reuters 1 de 2 Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, em foto no dia da Independência do país, 15 de setembro — Foto: Presidência da Nicarágua/Cesar Perez/Handout via Reuters

Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, em foto no dia da Independência do país, 15 de setembro — Foto: Presidência da Nicarágua/Cesar Perez/Handout via Reuters

Exilado em Madri, o escritor nicaraguense Sergio Ramirez fez um contundente desabafo sobre o 💥️silêncio e a omissão do governo brasileiro em relação ao regime conduzido por 💥️Daniel Ortega. “Antes de propor mediar o diálogo, o Brasil tem que se pronunciar”, opinou, em entrevista a este blog, na semana passada.

Nesta terça-feira (7), num passo tímido, mas significativo, o Brasil abordou pela primeira vez o tema Nicarágua, que segundo o escritor, 💥️o presidente Lula conhece bem. Escolheu o fórum adequado, o Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

Ali, o embaixador Tovar Nunes manifestou preocupação sobre 💥️"relatos de graves violações de direitos humanos e restrições ao espaço democrático, especificamente execuções sumárias, detenções arbitrárias e tortura".

A oferta encontrou o escritor Ramirez aliviado. “Celebro a solidariedade do governo do presidente Lula com todos nós, que fomos destituídos de nossa nacionalidade em um ato ditatorial inédito na história da América Latina. Obrigado por nos fazer brasileiros”, reagiu, em mensagem enviada ao blog e depois postada no Twitter.

💥️Falta muito para o Brasil tomar esta dianteira. Seus vizinhos Chile e Colômbia, liderados por governos progressistas, condenaram com agilidade a expulsão dos dissidentes nicaraguenses e a sua nova condição de apátridas decretada por Ortega.

O governo brasileiro, no entanto, se escora na posição de neutralidade 💥️para pisar em ovos em relação aos regimes de Cuba, Venezuela e Nicarágua. Absteve-se de 💥️se aliar a 50 países, que na semana passada assinaram uma declaração da Organização dos Estados Americanos 💥️condenando as ações do regime nicaraguense.

Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, em discurso exibido na televisão no dia 9 de fevereiro de 2023 — Foto: CANAL 6 NICARAGUA / AFP 2 de 2 Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, em discurso exibido na televisão no dia 9 de fevereiro de 2023 — Foto: CANAL 6 NICARAGUA / AFP

Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, em discurso exibido na televisão no dia 9 de fevereiro de 2023 — Foto: CANAL 6 NICARAGUA / AFP

Enquanto o embaixador brasileiro falava na ONU, Ortega ampliava o cerco às poucas entidades críticas ao regime, que resistem no país centro-americano. Fechou a principal câmara empresarial da Nicarágua, o Conselho Superior da Empresa Privada, assim como 18 sindicatos do setor privado.

💥️O regime confiscou também mais duas universidades privadas,💥️ elevando para 19 o número de instituições de ensino superior fechadas desde 2023. No comando do país desde 2006, Ortega 💥️desmantelou o Estado democrático, assumiu o controle dos poderes, 💥️prendeu opositores e os 💥️expulsou do país.

Manifestar apenas preocupação sobre o que acontece na Nicarágua ainda é pouco para o Brasil.

O que você está lendo é [Brasil ainda se mostra tímido sobre o regime de Daniel Ortega].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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