Manifestação da Frente Feminista e MST é reprimida com spray de pimenta na Alepa; manifestante passa mal

Integrantes de movimentos sociais iniciaram uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) nesta quarta-feira (8). O protesto foi organizado pela Frente Feminista, que integra movimentos feministas organizados de partidos e movimentos sociais, incluindo o Movimento Sem Terra (MST), em alusão ao Dia Internacional da Mulher.

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Uma audiência estava prevista no local, mas o prédio foi quase invadido durante sessão solene em homenagem às parlamentares mulheres.

Integrantes do MST protestam em frente à Alepa, em Belém; — Foto: MST Pará 1 de 5 Integrantes do MST protestam em frente à Alepa, em Belém; — Foto: MST Pará

Integrantes do MST protestam em frente à Alepa, em Belém; — Foto: MST Pará

A escadaria de entrada chegou a ser totalmente ocupada, segundo funcionários. "Não consegui entrar, os seguranças conseguiram me tirar bem na hora", relata servidora.

Uma confusão tomou conta do lugar, até que seguranças da Alepa usaram spray de pimenta para reprimir o grupo que tentava entrar na Alepa. Agentes da Polícia Militar e o Batalhão de Choque também tinham sido acionados para o local.

Protesto do MST na Alepa é reprimido por seguranças e pelo Batalhão de Choque da PM, em Belém. — Foto: Danielle Ferreira/ADUFPA 2 de 5 Protesto do MST na Alepa é reprimido por seguranças e pelo Batalhão de Choque da PM, em Belém. — Foto: Danielle Ferreira/ADUFPA

Protesto do MST na Alepa é reprimido por seguranças e pelo Batalhão de Choque da PM, em Belém. — Foto: Danielle Ferreira/ADUFPA

Protesto do MST em frente à Alepa, em Belém. — Foto: MST Pará 3 de 5 Protesto do MST em frente à Alepa, em Belém. — Foto: MST Pará

Protesto do MST em frente à Alepa, em Belém. — Foto: MST Pará

Uma mulher que estava com uma criança de colo passou mal, e teve convulsões. Ela é uma camponesa do município de Benevides e foi até Belém para os atos do MST.

Ela foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O estado de saúde dela ainda não foi informado.

"Os manifestantes estava subindo a escada para fazer uma foto, e tentar acompanhar a sessão, mas os policiais começaram a avançar de forma bem truculenta, e as pessoas recuaram. Nisso, a moça caiu, bateu a cabeça e acabou convulsionando. Mas ela foi atendida", diz testemunha.

O g1 solicitou nota da Alepa sobre a repressão aplicada ao grupo de manifestantes, mas ainda aguardava retorno até a última atualização da reportagem.

Integrantes do MST protestam em frente à Alepa, em Belém, antes de repressão forte da PM e seguranças. — Foto: Reprodução / Adufpa 4 de 5 Integrantes do MST protestam em frente à Alepa, em Belém, antes de repressão forte da PM e seguranças. — Foto: Reprodução / Adufpa

Integrantes do MST protestam em frente à Alepa, em Belém, antes de repressão forte da PM e seguranças. — Foto: Reprodução / Adufpa

O MST informou que a Marcha das Mulheres, em alusão ao Dia Internacional das Mulheres, encerraria com a entrega de documentos às parlamentares do Estado.

Outra ação seria a entrega de projeto de lei que proíbe a pulverização de agrotóxicos em comunidades camponesas. Denúncias do MST apontam que a situação ocorre em acampamento Quintino Lira, em Santa Luzia do Pará, e Helenira Resende, em Marabá. As pautas já estariam acertadas na Alepa, mas o protesto acabou sendo recebido com spray de pimenta, segundo o MST.

Após a confusão, membros do movimento foram recebidos por deputados, incluindo o presidente da Alepa, deputado Chicão (MDB) e Lívia Duarte (Psol).

A reunião ainda ocorria no começo da tarde. Uma carta manifesto foi entregue aos parlamentares.

Sobre a ação da PM, o promotor de Justiça Militar Armando Brasil repudiou os "gravíssimos fatos" e informou que vai instaurar inquérito policial militar para apurar o acaso. O g1 solicitou nota da corporação, mas ainda não havia obtido resposta.

Representantes do MST são recebidas por presidente da Alepa, deputado Chicão (MDB). — Foto: MST Pará 5 de 5 Representantes do MST são recebidas por presidente da Alepa, deputado Chicão (MDB). — Foto: MST Pará

Representantes do MST são recebidas por presidente da Alepa, deputado Chicão (MDB). — Foto: MST Pará

O MST no Pará promove uma série de ações em Belém, acompanhando uma movimentação nacional, entre 6 e 8 de março.

Na capital do Pará, as atividades se concentram na Aldeia Amazônica David Miguel. Mulheres com origem em assentamentos e acampamentos do movimento participam dos atos.

No domingo (5), as ações começaram com feira para comercialização de produtos da reforma agrária.

Já na terça-feira, integrantes do MST invadiram o prédio do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), para reivindicar reforma agrária no estado.

E nesta quarta, estava prevista audiência na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), que acabou sendo marcada pela forte repressão policial.

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