FMI se encontra com ministro do Tesouro e presidente do BC argentinos
Autoridades do FMI se reuniram com o ministro do Tesouro, Hernán Lacunza, que foi recentemente empossado, e com o presidente do Banco Central, Guido Sandleris (Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci)
Autoridades financeiras argentinas se encontraram no sábado com uma equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse o Ministério do Tesouro, enquanto dezenas de milhares de partidários do presidente do país, Mauricio Macri, juntaram-se do lado do palácio presidencial com bandeiras e cantos.
Autoridades do FMI se reuniram com o ministro do Tesouro, Hernán Lacunza, que foi recentemente empossado, e com o presidente do Banco Central, Guido Sandleris, de acordo com comunicado do Ministério do Tesouro.
Não há detalhes sobre o conteúdo das conversas. A equipe do FMI disse na sexta-feira que planejava “trocar impressões” com os conselheiros econômicos dos principais candidatos à eleição presidencial de outubro: Macri, que tenta a reeleição, e o opositor Alberto Fernández.
Macri foi duramente derrotado por Fernández nas eleições primárias de 11 de agosto. Um peronista de centro-esquerda, Fernández criticou um acordo de 57 bilhões de dólares feito entre Macri e o FMI em 2018, prometendo “retrabalhar” o pacto caso seja eleito.
O imenso apoio obtido por Fernández nas primárias fez o peso se desvalorizar em quase 18% na semana passada, em meio a temores do retorno das políticas econômicas intervencionistas da ex-presidente Cristina Kirchner, que concorre a vice na chapa de Fernández.
Macri apareceu brevemente na tarde de sábado, saudando os manifestantes na Praça de Maio e se juntando a gritos de “Sí, se puede” (Sim, é possível), seu slogan de campanha. Manifestantes realizaram atos similares em diversas cidades da Argentina.
Macri assumiu em 2015 prometendo encerrar as crises cíclicas que nos últimos 100 anos transformaram uma das maiores economias do mundo em uma endividada em série. Contudo, não houve retomada econômica.
Eleitores que estão cansados das medidas de austeridade de Macri e da inflação que chegou a 55% ao ano renderam ao presidente uma derrota de 15 pontos de diferença para Fernández, que na quinta-feira disse que a chance de moratória caso ele vença é zero.
A próxima revisão do empréstimo pelo FMI será realizada em 15 de setembro.
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