Fundo de pensão da Dinamarca exclui Petrobras de portfólio por Acordo de Paris
Fundo dinamarquês anuncia venda participações da Petrobras, por descumprimento de metas do Acordo de Paris (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
O fundo de pensão da 💥️Dinamarca MP Pension informou nesta terça-feira que vai vender sua participação em 10 das maiores empresas de 💥️petróleo do mundo, enquanto busca excluir importantes fontes de emissões de carbono de seu portfólio.
O MP Pension disse que venderia suas participações na 💥️Exxon Mobil (💥️EXXO34), 💥️BP, 💥️Chevron, PetroChina, Rosneft, 💥️Shell, Sinopec, 💥️Total, 💥️Petrobras (💥️PETR3; 💥️PETR4) e 💥️Equinor.
No Brasil, a Petrobras está focando seus esforços em exploração e produção de petróleo e 💥️gás natural, enquanto coloca em prática um ambicioso programa de venda de ativos considerados não essenciais pela atual gestão.
“O desinvestimento ocorre porque a MP avalia que os modelos de negócios de longo prazo das empresas são incompatíveis com as metas climáticas estabelecidas no 💥️Acordo de Paris“, afirmou o MP Pension em comunicado.
Quase 200 países concordaram em Paris em 2015 em limitar o aumento da temperatura média global para bem abaixo de 2 graus Celsius acima dos tempos pré-industriais. As políticas atuais colocam o mundo no caminho para um aumento de pelo menos 3°C até o final do século.
O desinvestimento totaliza 644 milhões de coroas dinamarquesas (96,24 milhões de dólares), informou a MP Pension em comunicado.
O MP Pension disse que sua decisão não se baseou apenas no desejo de contribuir para a transição verde, mas também na crença de que as empresas não podem oferecer um retorno no mesmo nível do mercado mais amplo nos próximos anos.
“A demanda por petróleo cairá à medida que a transição verde ganhar velocidade”, disse o chefe de investimentos da MP Pension, Anders Schelde.
O MP Pension disse que quatro das empresas & BP, Shell, Total e Equinor & mostraram sinais de progresso, enquanto as seis restantes fizeram pouco progresso na mudança para uma energia mais verde.
Recentemente, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, reafirmou que os investimentos da Petrobras na área de renováveis estarão voltados a pesquisa e desenvolvimento. Ele também questionou o nível de envolvimento das concorrentes petroleiras com iniciativas voltadas a energia limpa.
“Existe muito marketing e na realidade poucas ações de fato. Se formos ver as companhias europeias que focam em renováveis, a projeção de renováveis em suas receitas em 2030 é de 1% ou no máximo 1,5%. Na prática, não é tudo isso.”
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