Guedes liga e convence Bolsonaro a não mexer no teto dos gastos
O teto é sustentável em 2023, mas corre risco a partir de 2023 (Imagem: Andre Coelho/Bloomberg)
O ministro da Economia, 💥️Paulo Guedes, procurou o presidente 💥️Jair Bolsonaro na noite de quarta-feira para afinar o discurso do governo em relação à regra do teto de gastos. A iniciativa do ministro surgiu depois que o porta-voz da Presidência, 💥️Otávio Rêgo Barros, afirmou que há uma preocupação com a dinâmica das despesas públicas e que o presidente defendia a mudança na regra do teto.
A declaração do porta-voz foi dada pouco depois de uma reunião entre Guedes e Bolsonaro no Ministério da Economia na tarde de ontem e surpreendeu o ministro, segundo uma fonte a par do assunto que preferiu não se identificar.
Após o contato de Guedes, o presidente se manifestou no Twitter logo cedo em defesa da manutenção da regra. “Conversei com Guedes e não devemos flexibilizar o teto. Flexibilizar o teto seria uma rachadura num transatlântico”, afirmou horas depois, em cerimônia no Palácio do Planalto.
Bolsonaro tem sido pressionado por ministros do gabinete presidencial a flexibilizar o teto. Há cobranças de outras pastas também, como o Ministério da Justiça, pela liberação de mais recursos.
O teto é sustentável em 2023, mas corre risco a partir de 2023, segundo duas pessoas com conhecimento do assunto que pediram para não serem identificadas. Em 2023, as despesas discricionárias ainda podem ficar no mesmo patamar de 2023, o que evitaria um shut down do governo.
Para resolver a questão do engessamento do Orçamento, as fontes veem a necessidade de aprovação, até o final do próximo ano, de uma reforma administrativa e da desvinculação e desindexação orçamentária.
O que se discute no momento é fazer ajustes em algumas despesas, como transferir gastos com programas do Orçamento Federal & para micro e pequenas empresas, por exemplo & para o Sistema S, afirmam as fontes.
Outra possibilidade é fazer ajustes para facilitar o acionamento de gatilhos quando o teto é descumprido. Embora o teto já traga mecanismos para fazer com que as despesas voltem ao limite legal, a regra poderia ser aperfeiçoada, segundo uma das fontes.
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