Greve de motoristas afeta circulação de ônibus em São Paulo
A prefeitura conseguiu uma liminar determinando o funcionamento de ao menos 70% do serviço (Rovena Rosa/Agência Brasil)
A cidade de São Paulo amanheceu hoje (6) com circulação parcial da frota de ônibus com protestos de motoristas e cobradores na região central. No final da tarde desta última quinta-feira (5), a categoria decidiu em assembleia iniciar uma greve a partir desta madrugada. Em decisão judicial, a prefeitura conseguiu uma liminar determinando o funcionamento de ao menos 70% do serviço.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os trabalhadores em protesto, estacionaram ônibus bloqueando parcialmente os Viadutos Nove de Julho, Jacareí e o do Chá. Ontem, os motoristas e cobradores já haviam realizado manifestação semelhante, paralisando o trânsito em vias e fechando 18 dos 30 terminais de ônibus da cidade.
Na manhã de hoje, todos os terminais estavam em funcionamento, de acordo com a prefeitura. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse, no entanto, que quatro empresas tinham linhas sem serviço. Ele ressaltou que a administração municipal pretende garantir o atendimento à população. “Se for o caso outras medidas judiciais serão tomadas para garantir o funcionamento do sistema”, explicou na sede da CET.
Reivindicações
Os trabalhadores reivindicam o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados e garantia de postos de trabalho. De acordo com José Carlos Negrão, da secretaria da Igualdade Racial do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus da cidade de São Paulo, desde maio, pelo menos 450 ônibus foram retirados de circulação na cidade.
“Serão 7 mil trabalhadores demitidos, então os empregados estão assustados e além disso, tem também o salário. Combinaram que iam assinar o acordo coletivo da categoria, não assinaram, não pagaram a Participação nos Lucros e Resultados e ameaçam o salário do mês”.
O prefeito se dispôs a antecipar pagamentos às companhias para que elas possam honrar os compromissos assumidos com os empregados. “A prefeitura se coloca à disposição das empresas, para se for o caso, antecipar receitas que eles têm para resolver problemas de fluxo de caixa”, afirmou.
Para reduzir os impactos da greve, a prefeitura suspendeu o rodízio municipal de veículos e liberou o estacionamento nas chamadas áreas zona azul, que normalmente demandam o pagamento por período.
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