Banana Republic descobre que mercado vai além do modelo “skinny”
Essas observações levaram a varejista a expandir os tamanhos oferecidos e também sua paleta (Imagem: Brent Lewin/Bloomberg)
A Banana Republic, varejista de moda jovem formal com vendas em queda, identificou um de seus principais erros estratégicos: o alvo de sua demografia é muito estreito.
“A Banana Republic é historicamente conhecida como uma marca skinny”, disse Art Peck, CEO da Gap, proprietária da rede. E essa percepção estaria afastando alguns clientes em potencial. Enquanto isso, um conselho de diversidade que trabalha para eliminar o viés no processo de design destacou outra questão para a gerência: a variedade de cores nos itens de vestuário destinados a combinar com os tons de pele era muito limitada.
Essas observações levaram a varejista a expandir os tamanhos oferecidos e também sua paleta. As mudanças têm a ver “absolutamente com convidar um cliente que provavelmente não comprou a marca para entrar” na loja, disse Peck em entrevista.
A rede, que registrou três trimestres seguidos de queda nas vendas no conceito mesmas lojas, abertas há pelo menos um ano, está sob crescente pressão para se transformar com os planos da Gap para se separar da rede de descontos Old Navy.
A Banana Republic se juntará à marca homônima da Gap, à varejista de roupas esportivas Athleta e a vários outros nomes em uma empresa que será negociada separadamente da Old Navy. As ações da Gap acumulam queda de 30% este ano, em comparação com um ganho de cerca de 20% do S&P 500.
True Hues
Os primeiros resultados são positivos para a linha True Hues, com bodysuits e sapatos adequados para os tons de pele. Com mais cores como “espresso” e “biscotti”, a linha superou as expectativas de vendas em “dois dígitos”, segundo o porta-voz da empresa, Mark Snyder. Os produtos estão disponíveis no site da Banana Republic e chegarão às principais lojas de Nova York, São Francisco e Chicago em fevereiro.
A linha True Hues segue uma tendência que vem se firmando em alguns segmentos da indústria da moda. Nos últimos anos, algumas marcas como a grife de sapatos Christian Louboutin e a Fenty Beauty, de Rihanna, expandiram sua coleção de tons de pele para refletir melhor a demografia. Historicamente, as ofertas “nude” eram frequentemente limitadas ao bege, o que acabava excluindo consumidores não brancos.
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