Risco de bolha imobiliária aumenta na zona do euro, alerta UBS

Frankfurt e Paris correm cada vez mais risco de os preços se tornarem insustentáveis, mesmo com a desvalorização dos imóveis em algumas cidades mais caras do mundo (Imagem: Anita Pouchard Serra/Bloomberg)

O risco de uma bolha imobiliária na zona do euro aumenta diante das taxas de juros negativas, o que ajuda a elevar os preços dos 💥️imóveis.

Atualmente, Munique é a cidade mais vulnerável a uma bolha imobiliária, segundo o índice anual Real Estate Bubble do UBS Group. Frankfurt e Paris correm cada vez mais risco de os preços se tornarem insustentáveis, mesmo com a desvalorização dos imóveis em algumas cidades mais caras do mundo, informou o relatório na segunda-feira.

Pela primeira vez em quatro anos, 💥️Londres não foi classificada como uma cidade com imóveis perigosamente sobrevalorizados. Os preços na capital do 💥️Reino Unido caíram do pico de meados de 2016 em meio às incertezas sobre a saída do país da União Europeia e impostos mais altos sobre propriedade. Em 💥️Hong Kong, anteriormente a cidade mais propensa a uma bolha, o risco também diminuiu.

“Em nível global, a incerteza econômica supera o efeito da queda das taxas de juros na demanda por moradias urbanas”, disse Mark Haefele, diretor de investimentos do UBS Global Wealth Management. “No entanto, em partes da zona do euro, os juros baixos ainda ajudaram a empurrar as avaliações imobiliárias para o território de risco de bolha.”

Taxas de juros mais baixas afastaram investidores de títulos e outros ativos. Isso ajudou a elevar os preços dos imóveis em muitas cidades, particularmente em áreas da zona do euro onde os rendimentos da dívida soberana se tornaram negativos.

“Os investidores devem permanecer cautelosos ao considerar o mercado imobiliário em território de risco de bolha”, disse Matthias Holzhey, principal autor do estudo e chefe de investimentos imobiliários suíços no UBS Global Wealth Management. “Medidas regulamentares para conter uma maior apreciação já provocaram correções do mercado em algumas das cidades mais superaquecidas.”

Pela primeira vez desde 2011, nenhuma cidade dos Estados Unidos apresentava risco crescente de sobrevalorização dos imóveis, enquanto mudanças regulatórias e questões de acessibilidade fizeram com que a alta dos preços em Nova York ficasse aquém do ganho médio em todo o país. Da mesma forma, preços inacessíveis, tensões comerciais e diminuição da demanda externa limitaram a valorização dos preços em São Francisco e Los Angeles, enquanto Boston ainda ocupa o território de valor justo.

Toronto, onde uma população crescente compete por moradias cada vez mais escassas, subiu do terceiro para o segundo lugar no índice UBS.

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