Possível forte expansão das compras chinesas de soja dos EUA achatará os prêmios no Brasil

Soja

Embarques de soja americana para a China, já em alta, podem aumentar (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

As chances da China buscar mais 10 milhões de toneladas anuais a mais de soja no mercado dos Estados Unidos, como foi anunciado hoje por Pequim, deverá afetar mais os prêmios, tanto no disponível quanto, principalmente, para 2023. Se de fato se concretizar a intenção do país.

Em média, os chineses compram 20 milhões de toneladas dos Estados Unidos.

Nesta terça (9), até que não houveram alterações sobre os US$ 0,75 por bushel da véspera (patamar que vinha se mantendo nos últimos dias). Também o março, em mais US$ 0,20, ficou praticamente estável.

“Mas desde começo de setembro, quando as primeiras conversas começaram, nossos prêmios vêm caindo em Paranaguá”, lembra Adriano Gomes, analista da AG Rural. Com maior concorrência do grão da América do Norte, certamente o basis cairá mais.

As conversas a que Gomes se refere são a mudança de clima proporcionado pela China, no embate com os Estados Unidos. Pequim vem mantendo compras significativas da oleaginosa americana, independente das idas e vindas mais belicosas de Washington.

Hoje, por exemplo, o clima está mais cordial nas conversas que devem ser retomadas, influindo nas altas de Chicago (CBOT), que também se aproveitam do mercado financeiro menos avesso ao risco.

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