Atuação da JBS no Reino Unido reforçará grupo em várias frentes na Europa (até com Brexit sem acordo)
Carne de porco na Inglaterra e na Europa terá assinatura do grupo brasileiro em importante mercado consumidor e importador (Imagem: Reuters/Daniel Acker)
A entrada da JBS como ator direto no mercado europeu, com a aquisição da Tulip, ao mesmo que tempo que atuará no importante segmento consumidor de suínos como o Reino Unido & e que importa mais de 1 milhão de toneladas & começa a blindar o grupo contra potenciais problemas que o Brasil venha a ter por questões sanitárias, disputas comerciais e até, por exemplo, em caso de retaliações na esteira das críticas à política ambiental. E abre uma linha direta com sua produção de carne de porco no Brasil.
A estratégia de ocupar os espaços globais não deixa de embutir uma espécie de armadura, já que atuações diretas em mercados regionais diminuem as resistências locais. Embora nos Estados Unidos a JBS é alvo de críticas e, mais recentemente, dois senadores pediram para fossem investigadas as operações de compras de empresas locais, o grupo segue firme, tanto que foi sua subsidiária, Pilgrim’s, a comprar as operações da Tulip.
A empresa comprada no Reino Unido, até então subsidiária do grupo Danish Crown e avaliada em US$ 366,7, de acordo com informe da Reuters, atua somente no setor de suínos, de carne fresca a embutidos. Neste último segmento, tem presença com a marca própria Danepak.
Nas exportações, está presente em toda a Europa – além de África e Ásia – com vendas de cerca de 60 mil toneladas, de acordo com o site da empresa.
Mesmo prevalecendo o Brexit, portanto com o Reino Unido perdendo vantagens comerciais no bloco, a Tulip continuará europeia.
E como todos os países europeus são importadores líquidos de carne e mais ainda o Reino Unido, com cerca de 1 milhão de toneladas anuais, a Tulip acabará importando da própria casa parte de suas necessidades, garantindo uma janela a mais para a JBS.
Aliás, até a saída negociada ou não da Europa pelo reino poderá ser aproveitada pela empresa, já que haverá menor fornecimento de matéria-prima à Tulip, originária de outros europeus, e isso deverá estimular o governo a facilitar importações.
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