Frigorífico tem spread positivo, com gordura do 1º semestre compensando alta atual do boi
Apesar da crise, consumo interno ainda tem mantido margem dos frigoríficos (Foto: Money Times)
As exportações em outubro devem recuperar a retração de setembro (apesar do acumulado recorde do ano) e o boi vai sendo enxugado da praça, em época do ano com oferta rareada. Mas ainda que as indústrias – especialmente as não ou menos exportadoras -disputem o animal no físico para suprir o atacado, nota-se que estão conseguindo manter positivo o preço da carcaça e suas margens.
E preço do atacado e spread são variáveis mais de mercado interno. E no caso da segunda, as empresas vêm com muita gordura do primeiro semestre, ajudando a compensar a alta expressiva do animal desde setembro.
No fechamento do Cepea/Esalq de segunda (14), a carcaça casada (ou boi casado) foi de R$ 11,20/kg, o que resultou numa parcial de outubro de R$ 11,01. O padrão segue desde junho, com valorização, segundo Gustavo Resende Machado, analista da Agrifatto.
Da mesma forma, as margens dos frigoríficos seguem asseguradas e em plena entressafra com boi já quase chegando no R$ 170,00/@ em São Paulo (segundo informe do app AgroBrazil) de consumo ainda lento.
Nos cálculos da Agrifatto, o spread entre compra do boi e preço da @ está positivo em 1,17% em outubro. No primeiro semestre, desde fevereiro sempre esteve bem acima de 2% e em junho atingiu o pico de 4,21%.
No geral, a alta para o produtor está sendo repassada para o mercado interno, concorda Douglas Coelho, da Radar Investimentos, embora ele também chame a atenção pelo encurtamento maior ainda da oferta que as exportações estão proporcionando.
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