Intel decide divulgar dados salariais por gênero e raça
Todas as empresas com mais de 100 funcionários nos Estados Unidos devem prestar as mesmas informações à Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego (Imagem: Reuters/Ammar Awad)
A 💥️Intel planeja divulgar publicamente dados salariais de funcionários, de acordo com raça e gênero, no fim deste ano. Pela primeira vez, todas as 💥️empresas com mais de 100 funcionários nos 💥️Estados Unidos devem prestar as mesmas informações à Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego (EEOC, na sigla em inglês), mas a agência mantém os dados sob sigilo, a menos que uma empresa decida divulgá-los voluntariamente.
“O risco de divulgar essas informações é uma reação negativa, porque os dados não estão onde você deseja que estejam”, disse por e-mail Julie Ann Overcash, vice-presidente de recursos humanos da Intel e diretora de remuneração e benefícios. “É preciso estar disposto a se apresentar como uma empresa que pode lidar com as críticas para alcançar um progresso real.”
Nos anos anteriores, a EEOC exigia apenas que as empresas enviassem dados sobre a raça e o gênero dos funcionários. Ao incluir remuneração, as novas informações fornecem uma análise mais detalhada que pode revelar desigualdades salariais.
“Nossa esperança é que mais de uma empresa divulgue esses dados no futuro”, disse Alison Omens, diretora-gerente do JUST Capital, um fundo que pressiona empresas a divulgarem dados sobre remuneração e diversidade. Se a história servir como exemplo, a maioria das empresas continuará a manter os dados privados.
O 💥️Citigroup e o 💥️Wells Fargo disseram que não têm planos de divulgar novos dados de remuneração. O 💥️Morgan Stanley, 💥️Goldman Sachs, 💥️Bank of America e 💥️JPMorgan não fizeram comentários. 💥️Microsoft, Cisco Systems, 💥️Facebook, 💥️Twitter e 💥️Airbnb também não quiseram comentar. A Apple, a Alphabet, controladora do Google, e a Amazon.com não responderam aos pedidos de comentário.
A Intel diz que alcançou a paridade salarial de gênero entre 107 mil funcionários em 50 países e paridade por raça e etnia nos EUA. O Departamento do Trabalho dos EUA, no entanto, alegou que a empresa discriminava sistematicamente mulheres e minorias na questão salarial.
A Intel chegou a um acordo para arquivar as queixas no mês passado e concordou em pagar pelo menos US$ 1,5 milhão para ajustar os salários. A empresa não admitiu nenhuma irregularidade como parte desse acordo, disse a Intel à Bloomberg.
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