Dólar fecha cotado a R$ 4,17 e bate máxima em mais de 3 semanas com incertezas sobre fluxo

O dólar à vista fechou em alta de 0,39%, a 4,1702 reais na venda (Imagem: Pixabay)

O 💥️dólar voltou a subir e bateu o pico de fechamento em mais de três semanas nesta quinta-feira, com o real sendo novamente destaque negativo nos mercados globais diante de incertezas sobre a oferta de moeda no país.

O dólar à vista fechou em alta de 0,39%, a 4,1702 reais na venda. É o maior valor para um encerramento desde 23 de setembro (4,1709 reais na venda).

No mercado futuro, o contrato de dólar de maior liquidez subia 0,40%, a 4,1715 reais, às 17h40.

Em Washington, no encontro anual do Fundo Monetário Internacional (💥️FMI) e do 💥️Banco Mundial, o presidente do 💥️Banco Central, 💥️Roberto Campos Neto, disse que pode comprar dólares caso o fluxo de moeda na esteira dos leilões de petróleo a ocorrerem até o fim do ano gere distorções no mercado, segundo relatos de profissionais de mercado.

O dólar ganhou impulso e bateu a máxima do dia, de 4,1825 reais na venda, após esse rumor circular no mercado.

Mas um profissional avaliou que a interpretação da suposta fala de Campos Neto depende do contexto em que foi feita, questionando o entendimento inicial de que o BC venha a comprar dólares independe de causar distorções no mercado.

Os relatos da fala causaram ruído uma vez que o fluxo cambial no país segue negativo & o saldo em 12 meses até setembro é o pior em 20 anos& e o mercado deposita nos leilões do pré-sal esperanças de alguma melhora na oferta de dólar.

O mau desempenho do real também foi creditado outra vez ao aumento de apostas de afrouxamento monetário ainda mais agressivo pelo BC & o que reduziria ainda mais o apetite pela moeda doméstica e, por tabela, as chances de fluxo estrangeiro.

A curva de juros passou a colocar alguma aposta em corte de 0,75 ponto percentual da Selic tanto neste mês quanto em dezembro.

Mas alguns analistas têm defendido que a fraqueza da taxa de câmbio também decorre de outros fatores, como a queda nos preços das commodities em dólar.

“Na margem, acredito que a desvalorização recente do real está mais ligada a isso”, disse Fernando Gonçalves, responsável pela área de sell side no time de pesquisa econômica do Itaú, no evento Brasil Financial Summit, da Refinitiv.

Em um mês, o índice CRB de commodities acumula queda de cerca de 4,8%. O real acumula depreciação nominal ante o dólar de 2,2% no mesmo período. Já o índice do dólar contra uma cesta de divisas cai 0,7% no intervalo, enquanto um índice de moedas emergentes sobe 0,2% no mesmo período.

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