Plantio de soja avança no Brasil com impulso de Mato Grosso
Em uma semana, o plantio aumentou 13,3 pontos percentuais, ficando levemente acima da média de 22,7% para esta época do ano, segundo dados da Arc Mercosul (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
O plantio de 💥️soja no Brasil avançou para 22,8% da área estimada no país na safra 2023/20, tirando um atraso inicial ante a média histórica para o período, após chuvas atingirem especialmente o 💥️Mato Grosso, informou nesta sexta-feira a consultoria Arc Mercosul.
Em uma semana, o plantio aumentou 13,3 pontos percentuais, ficando levemente acima da média de 22,7% para esta época do ano, segundo dados da Arc Mercosul.
No entanto, os trabalhos ainda estão atrasados frente ao mesmo período do 2018, quando o maior exportador global de soja havia plantado 35,9% da área projetada, beneficiado por mais chuvas do que neste ano.
“Essa semana o plantio de verão brasileiro ganhou ritmo, com o Mato Grosso liderando o avanço. As chuvas estão voltando, gradativamente, a se regularizar pelo centro-sul do Brasil”, afirmou o diretor da Arc Mercosul, Matheus Pereira, à Reuters.
O plantio de soja em Mato Grosso, maior produtor brasileiro da oleaginosa, avançou nesta semana para 41,80% da área projetada de 9,77 milhões de hectares, alta de 23 pontos percentuais ante o dado divulgado na sexta-feira anterior, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Quanto mais acelerado o plantio de soja, melhor é a janela climática para a semeadura da segunda safra de milho e algodão.
O plantio começou de forma mais lenta este ano devido a chuvas mais fracas, mas ganhou forte ritmo nesta semana com mais umidade.
Com o avanço desta semana, o plantio mato-grossense está à frente da média histórica para o período, de 29,59%, mas ainda fica atrás do registrado na mesma época da safra anterior (50,95%).
Algumas áreas do Estado, como o noroeste e o oeste, ainda estão quase 20 pontos atrás do registrado na mesma época do ano passado.
Outros Estados de produção relevante, como o Paraná e Goiás, ainda não receberam chuvas em volumes necessários para regularizar o plantio, comentou Pereira, da Arc Mercosul.
“Infelizmente, ainda há regiões no oeste do Paraná, centro-norte de Goiás, oeste da Bahia que não receberam precipitações o suficiente para manter os trabalhos de campo. No Paraná, especialmente, as taxas de replantio serão altíssimas”, declarou.
A Reuters reportou na semana passada ocorrências de replantio no Paraná, algo que eleva custos para os produtores.
A consultor afirmou que nos dez primeiros dias de novembro um padrão de chuvas escassas, estratificadas e irregulares volta a estacionar sobre os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e toda a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), “desacelerando o plantio novamente”.
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