Homens estão fora do rali off-road mais longo dos EUA

Os homens estão envolvidos em outras funções: eles cozinham, percorrem trilhas, cuidam de busca e salvamento e tiram fotos (Imagem: Pixabay)

O Rally Rebelle cruza mais de 2.600 quilômetros de deserto, através do Vale da Morte e da cidade-fantasma de Gold Point, em Nevada, terminando nas dunas de Glamis, onde George Lucas filmou Star Wars.

Quarenta veículos 4×4 e crossovers fazem a jornada em oito dias de competição, mais dois dias de treinamento e prática. As equipes vêm do Japão, África do Sul, Canadá, Noruega e França. É o mais longo rali off-road realizado nos EUA em termos de distância e dias ao volante.

Eu esperava ver motoristas com roupas à prova d’água em Gore-Tex e calças utilitárias com múltiplos bolsos. Ou o estilo dos jipeiros cervejeiros que vivem às turras com os guardas florestais.

Foi então que eu vi a elegante bolsa Goyard.

A dona é Karen Hoehn, coproprietária de revendedoras de carros de luxo que, junto com sua navegadora Dana Saxten, participou de todos os ralis Rebelle realizados até hoje. Hoehn já completou duas vezes o árduo Rallye Aicha des Gazelles, que dura duas semanas nas dunas de Merzouga, no Marrocos. Saxten concluiu a façanha uma vez.

As duas estavam animadas quando tomei coquetéis com elas na noite anterior ao evento — uma prova da natureza inabalável da dupla, considerando que o pneu de seu Land Rover LR4 furou antes de chegar à linha de partida.

Faltando menos de 12 horas para o início do rali, eles instalaram o estepe e encomendaram um pneu novo em Reno e foram até lá para garantir um estepe adequado para a corrida. Elas fizeram tudo isso com enormes brincos de pérola, que permaneceram intactos.

“Como foi o seu dia?”, perguntou a garçonete enquanto servia um martini a Hoehn.

“Ótimo!”, responderam as duas ao mesmo tempo.

Esse otimismo e a atitude de quem é capaz de grandes realizações estão alinhados com o clima do evento anual, que este ano começou em uma propriedade rural perto de Bridgeport, na Califórnia. Lá estavam Chrissie Beavis, arquiteta que ganhou medalha de ouro em corrida de carros nos X Games; a advogada empresarial Laura Wanless; a médica legista Heather Lewis; Wendy Fisher, campeã mundial de esqui; a engenheira automotiva Michelle Klein; e Chris e Emily Benzie, mãe e filha que no dia a dia atuam, respectivamente, como engenheira aeroespacial e imunologista genética.

Como se vê, o Rebelle está aberto apenas a participantes do sexo feminino.

Os homens estão envolvidos em outras funções: eles cozinham (o chef Drew Deckman é citado no estrelado guia Michelin); percorrem trilhas (Jimmy Lewis é lenda da motocicleta nos EUA); cuidam de busca e salvamento (o cinegrafista Rob Walker trabalha com IMAX); e tiram fotos (no caso, o craque da fotografia subaquática Tim Calver). Existe praticamente uma lista de espera para voluntários. São 76 pessoas competindo e 70 trabalhando. O uso de batom é opcional.

Emily Miller atuou durante anos como instrutora de direção da Michelin BFGoodrich e agora comanda sua própria empresa de gerenciamento esportivo. Ela começou a organizar o Rebelle em 2016 como forma de dar às mulheres “mais tempo no assento” do motorista.

O preço é US$ 12.000 por carro que compete no Rebelle e inclui alimentação, hospedagem, segurança e assistência mecânica (se necessário).

É caro, mas o preço é bem menor que os quase US$ 50.000 cobrados para participação no Rallye des Gazelles (sem contar a viagem até o Marrocos) e os US$ 25.000 por pessoa que a Porsche cobra para algumas expedições off-road. O 2023 Rebelle Rally termina neste sábado, 19 de outubro e você pode acompanhar as competidoras no website do rali.

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