EUA: Empréstimos garantidos por imóveis são cada vez menos procurados
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As consequências da bolha imobiliária parecem ter provocado um efeito duradouro na disposição dos consumidores de continuar usando imóveis como caixa eletrônico (Imagem: Pixabay)
Um empréstimo antes popular entre americanos que buscavam financiamento para reformar imóveis e pagar a faculdade é cada vez menos solicitado, reduzindo uma uma fonte lucrativa de receita para os maiores bancos dos 💥️Estados Unidos.
As linhas de crédito garantidas por imóveis residenciais estavam no auge na véspera do colapso imobiliário há uma década, tendo dobrado de volume entre 2003 e 2006, de acordo com o 💥️Federal Reserve de Nova York. A rápida valorização dos imóveis levou proprietários a usarem suas residências como cofrinhos, o que sustentava o consumo.
Mas a recuperação do mercado imobiliário após a Grande Recessão não aumentou a demanda pelos Helocs, como o empréstimo é conhecido nos EUA. As linhas de home equity caíram quase pela metade na década passada, segundo dados do Fed de Nova York. Esses empréstimos, que representavam 5% dos ativos bancários do país em 2009, agora respondem por menos de 2%, de acordo com a Federal Deposit Insurance.
Níveis recordes de 💥️ativos imobiliários & impulsionados pela valorização dos imóveis e estagnação da hipotecas & não têm animado as famílias a usarem o recurso para financiar compras de alto valor ou reformas. Executivos financeiros passaram anos pesquisando o assunto, encomendando pesquisas e estudos para descobrir como iniciar um negócio que sempre foi considerado uma fonte confiável de lucros e com risco relativamente baixo.
As consequências da bolha imobiliária parecem ter provocado um efeito duradouro na disposição dos consumidores de continuar usando imóveis como caixa eletrônico. Apenas 4% das famílias tinham uma linha de home equity em 2016, de acordo com a pesquisa mais recente do Federal Reserve sobre as finanças das famílias, muito longe dos 10% que tomavam empréstimos garantidos por imóveis durante os anos 2000.
“O mercado Heloc está em declínio desde 2008”, disse Otto Pohl, porta-voz da Figure, empresa de tecnologia financeira que oferece esse tipo de financiamento. Nos “anos da bolha”, disse Pohl, os bancos quase que automaticamente ofereciam linhas de home equity com a hipoteca inicial de um indivíduo.
Isso já é coisa do passado. O 💥️Bank of America, o segundo maior banco dos EUA em ativos, obteve US$ 552 milhões em receita de juros no terceiro trimestre com esse tipo de financiamento, uma queda de cerca de 66% em relação há uma década. O juro desses empréstimos era o terceiro mais alto entre os vários tipos de ativos do banco, atrás apenas dos cartões de crédito e de uma categoria abrangente chamada “outros”.
Valorização dos imóveis
Proprietários nos EUA possuíam US$ 6,3 trilhões em ativos imobiliários que poderiam ser usados como garantia em empréstimos até junho, segundo a empresa de análise Black Knight, mais do que o dobro do total de US$ 2,6 trilhões em 2009.
Executivos do setor financeiro citam três fatore que, provavelmente, são responsáveis pelo desaparecimento gradual dos empréstimos garantidos por imóveis: uma tendência incomum nos spreads das taxas de juros, fácil acesso a empréstimos pessoais sem garantia de bancos on-line e cicatrizes psicológicas da crise imobiliária.
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