Curso para herdeiros de famílias mais ricas da Ásia muda foco para startups e causas sociais

(Imagem: Ore Huiying/Bloomberg)

Nos cursos de férias oferecidos por 💥️bancos a herdeiros das famílias mais ricas da 💥️Ásia, visitas a fábricas e estaleiros estão fora da programação. O foco migrou para 💥️startups e investimentos de impacto.

Em julho, o 💥️Bank of Singapore, um dos maiores bancos privados da região, recebeu os filhos de alguns de seus principais clientes no programa GenINFINITY. Durante cinco dias no Four Seasons Hotel, eles aprendem conceitos básicos sobre como permanecer rico, incluindo fundamentos de private equity e fundos de hedge. As noites foram dedicadas a socialização em restaurantes com estrelas Michelin e nos bares mais elegantes da cidade.

Os cursos para os filhos dos clientes incrivelmente abastados são um benefício de longa data oferecido por essas instituições. No entanto, as demandas da nova geração de herdeiros estão forçando as instituições a remodelar e personalizar os programas.

Em vez de focar totalmente em setores da velha economia, muitos 💥️Millenials estão interessados em seguir seu próprio caminho e fazer a diferença no mundo.

“Sair com outros empreendedores que também estão tentando começar algo e mudar um pouco o mundo e fazer contato com eles foi ótimo”, disse Byron Lim, 26 anos, que participou do GenINFINITY e agora ajuda a administrar uma startup socialmente consciente chamada Quarter Life Coffee — um negócio muito distante da corretora de seguros que enriqueceu seu pai. “Nós queremos fazer algo que amamos e ganhar dinheiro com isso.”

Para o Bank of Singapore e outros, como o 💥️UBS e 💥️HSBC, adaptar os programas é essencial para conquistar e manter a próxima geração de clientes. O momento é crítico. A riqueza na Ásia é relativamente nova e a primeira geração de magnatas está apenas começando a transferir o controle dos negócios aos sucessores. Isso resultará no maior volume de transferência de riqueza em mais de um século, segundo o UBS.

”ALPHAOlhando para os Millennials e a Geração Z, o jeito que eles pensam, atuam e como cresceram é muito diferente do ambiente em que eu me criei”, conta Sonjoy Phukan, diretor global de operações do Bank of Singapore, que faz gestão de patrimônio privado há quase 20 anos.

Shark Tank

Muitos estão interessados em temas que eram pouco importantes uma década atrás, como inteligência artificial e marca pessoal. “Houve uma migração de finanças e investimento puros para liderança, comunicação, cultura e outros assuntos e, com base no feedback, vamos adaptar também o programa do ano que vem”, disse ele.

A riqueza na Ásia é relativamente nova e a primeira geração de magnatas está apenas começando a transferir o controle dos negócios aos sucessores (Imagem: Ore Huiying/Bloomberg)

No GenINFINITY, os herdeiros fazem estudos convencionais e atividades que dificilmente interessariam seus pais. Durante duas horas e meia, eles trabalharam na construção de sua marca pessoal com um consultor na cobertura do hotel. Em seguida, visitaram a Block71, incubadora de startups próxima à sede regional da 💥️Alphabet, e participaram de uma discussão especializada sobre como a inteligência artificial afetará setores tradicionais.

Os últimos dois dias foram dedicados a uma competição no estilo da série Shark Tank. Os participantes se dividiram em três grupos para criar e apresentar ideias de empreendimentos a uma comissão julgadora. O desafio era intensificado pela ressaca de alguns competidores após uma animada noite de networking.

Foco em ESG

Investimentos com impacto positivo em termos ambientais, sociais e de governança (área que se reúne sob a sigla em inglês ESG) chamaram grande atenção. A diretora global de marketing da divisão de private banking do HSBC, Jennifer Ting, teve essa experiência em primeira mão, quando atuou como guia de herdeiros pelas florestas tropicais de Bornéu.

Há três anos, o Programa de Liderança em Sustentabilidade do HSBC Private Banking leva grupos de 10 pessoas para o leste da Malásia para que aprendam sobre sustentabilidade e sobre como influenciar suas famílias para se tornarem mais responsáveis com o meio ambiente, enquanto passeiam entre macacos e orangotangos em extinção.

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