Oposição na Bolívia quer renúncia de presidente e fechar fronteiras
As manifestações começaram no dia 20 de outubro, após as eleições que deram a vitória em primeiro turno a Evo Morales (Imagem: Facebook oficial de Luis Fernando Camacho)
Lideranças de oposição ao presidente 💥️Evo Morales, da 💥️Bolívia, decidiram radicalizar os protestos e paralisar o país. Liderados por Luis Fernando Camacho, presidente do Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, os opositores afirmam que fecharão serviços públicos e fronteiras para bloquear a entrada de recursos e forçar a renúncia de Morales.
Eles querem novas eleições e a saída do presidente. Camacho afirma ter o apoio da polícia e das Forças Armadas para sustentar a paralisação.
Hoje é o 15º dia de protestos no país. As manifestações começaram no dia 20 de outubro, após as eleições que deram a vitória em primeiro turno a Evo Morales, após uma confusa apuração, com suspeitas de fraude eleitoral.
OEA promove auditoria
Uma delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA) realiza, desde a quinta-feira passada (31), uma auditoria na apuração dos votos no país. A missão, que conta com 30 especialistas, tem o objetivo de verificar se houve manipulação de dados e fraude em favor do partido Movimento ao Socialismo (MAS), do atual presidente. O resultado da auditoria deve ser divulgado na próxima semana.
O chanceler boliviano Diego Pary afirmou ontem (4) que Camacho e as lideranças de oposição estão organizando um golpe de estado. “Esta segunda-feira e amanhã serão dois dias decisivos para o meu país, são dias em que será definido se a Bolívia vai continuar na rota democrática ou do golpe de estado que promovem os setores cívicos de Santa Cruz, encabeçados por Camacho”, disse Pary.
A presidente do Senado, Adriana Salvatierra, disse que Camacho “está conduzindo uma aventura de golpe” e respondeu que o pedido de demissão do presidente é irrelevante.
“Como o pedido de demissão do presidente Evo Morales foi ridículo, desta vez ele [Camacho] lançou uma séria ameaça de prejudicar o país e a economia, como o fechamento de instituições e de fronteiras”, finalizou Salvatierra.
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