Mineração ilícita é comum em universidades e pequenas empresas
O tráfego de dados relacionado à mineração maliciosa de criptoativos aumentou em 19 vezes (Imagem: Pixabay)
Apesar de a 💥️mineração de 💥️criptoativos ser dominada por grandes empresas funcionando a nível industrial, pequenas e secretas operações de mineração têm presente crescente.
Isso foi revelado em um 💥️relatório da 💥️Cisco Umbrella, plataforma de segurança que analisa bilhões de pedidos de DNS (sistemas de nomes de domínio) todos os dias para prevenir que usuários se conectem a sites possivelmente maliciosos.
Mineração no campus
A chegada de equipamento apropriado, principalmente na forma de mineradores de ASICs (circuitos integrados de aplicação específica), significou que apenas os players que conseguem bancar a mineração da maioria dos criptoativos são enormes empresas com acesso a eletricidade barata.
Stanford é uma das universidades que está investindo em educação relacionada a criptomoedas (Reprodução/Internet)
Beneficiando-se de economias de escala, essas empresas podem investir em hardware específico e pagar pela grande quantidade de energia necessária para continuar o funcionamento.
Sem eletricidade barata, a mineração não é rentável para a maioria — apenas aqueles com eletricidade subsidiada conseguem competir —, como as mineradoras chinesas que dependem de energia hidroelétrica em abundância, ou alunos que se aproveitam das redes das universidades.
Em 22%, os universitários representam o segundo maior grupo de mineradores indesejados identificado pela Cisco.
(Traduzido do gráfico fornecido pela Cisco Umbrella)
Muitas das grandes universidades, como 💥️Stanford, 💥️MIT e 💥️Berkeley, agora usam suas próprias unidades de pesquisa de 💥️criptomoedas e, ao redor do mundo, 💥️42% das 50 principais universidades estão oferecendo cursos relacionados a cripto.
Mas a Cisco supõe que o aumento de mineração em campi universitários não vem desses laboratórios de pesquisa ou das salas de aula, mas sim dos dormitórios.
“Você deixa [a fazenda de mineração] rodando em seu dormitório por quatro anos e sai da universidade com muito dinheiro no bolso”, afirmou 💥️Austin McBride, pesquisador de ameaças, durante uma 💥️palestra na RSA Conference.
“Agora, a dificuldade de mineração de muitos ativos é muito alta — o que significa que vai custar mais eletricidade e internet do que o lucro proveniente da mineração desses ativos”, ele acrescenta. “Se você não tem que arcar com esses custos, é ótimo fazer dinheiro às custas da universidade.”
Vectra é uma empresa de segurança que aplica inteligência artificial que detecta invasores de rede e ciberataques (Imagem: Channel Futures)
Uma 💥️pesquisa mais antiga da 💥️Vectra, empresa de segurança que faz uso de inteligência artificial, chegou a conclusões parecidas, descobrindo que a atividade de mineração de uma a quatro vezes por dia em cada um dos 11 campi estudados.
No entanto, Vectra deu o benefício da dúvida aos alunos, sugerindo que eles podem não estar se aproveitando da eletricidade gratuita de propósito, mas, em vez disso, estão servindo hospedagem involuntariamente a um malware que rouba os recursos de seus computadores:
“Alunos podem estar assistindo filmes pirateados de um site duvidoso que está fazendo a mineração usando o computador deles durante o decorrer do filme”, afirmou 💥️Christopher Morales, chefe de análise de segurança da Vectra. “Essas invasões são difíceis de detectar e só podem ser encontradas quando são feitas em grande escala.”
As próprias universidades já sabiam do problema. Em janeiro de 2018, Stanford postou um aviso 💥️contra a mineração de criptoativos no campus, mencionando que o aumento do preço do 💥️bitcoin se deu por “uso indevido dos equipamentos de computação” e “dispositivos de mineração pessoais usando a energia do campus”.
A maior parte das minerações ilícitas foram feitas com o uso de rede de principais campi universitários e de pequenas empresas (Imagem: Pixabay)
Empresas foram afetadas por minerações secretas
Longe dos campi, o maior setor atingido pela mineração indesejada de criptoativos são energia e aplicações. As empresas desse setor contabilizaram 34% de mineração indesejada.
O relatório afirma que as mais vulneráveis a essa ameaça foram as empresas com menos de 10 mil funcionários que dependem de infraestrutura de TI.
No entanto, diferente dos campi universitários, essa mineração indesejada de criptoativos é executada de forma remota, usando malware para se aproveitar das redes de banda larga — um processo chamado “cryptojacking”, que apareceu nos noticiários após um número de ataques a grandes organizações, incluindo os governos da Índia e Austrália.
Olhando pelo lado bom, quando a atividade de mineração de criptoativos é identificada, pode ser interrompida facilmente. McBride contou à 💥️Brave New Coin que “muitas das minerações ilícitas de criptoativos podem ser bloqueadas ao acrescentar pools (‘piscinas’) de mineração populares para a sua lista de bloco de domínio”.
Além disso, 💥️CoinHive, ferramenta de mineração de criptoativos baseada em navegador famosa por ser muito utilizada pelos “cryptojackers”, encerrou suas atividades, justificando que é impossível continuar por conta da 💥️bifurcação da 💥️Monero e do incessante mercado de baixa.
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