Inflação da carne bovina deverá equilibrar o alardeado risco de desabastecimento

Carnes JBS

Boi escasso, carne mais cara, é o cenário que deverá impactar a inflação em novembro (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Vários cortes de dianteiros, menos nobres que os de traseiros, já escalam bem acima dos R$ 20,00 nos supermercados, com alta de até R$ 10,00, em média em novembro. Não poderia ser diferente com um boi acima de R$ 200,00 em São Paulo em plena segunda quinzena do mês.

Os preços vão ser os reguladores do balanço de oferta e demanda da carne bovina, cada vez mais escassa diante do aquecimento das exportações e a recorde restrição de bois também comandada pela baixa reposição na rabeira do abate de novilhas.

Dificilmente haverá desabastecimento com esses valores, mesmo que já circule alertas atribuídos a frigoríficos. Não tem boi em quantidade até abaixo do que seria o normal para o período, mas vai ter carne para quem puder pagar.

A inflação das carnes, e a participação nos índices em novembro, deverá contar a história direito, incluindo as proteínas de suínos e aves, que estão pegando carona. E a entressafra deverá ser até “estendida” na safra das águas, porque com novas plantas habilitadas a exportarem à China, além das liberadas pela Arábia Saudita, vão continuar enxugando o pouco de animais.

A contrapartida é que em janeiro e fevereiro cai também um pouco o consumo, tradicionalmente.

Os frigoríficos estavam com spread positivo de mais de 3,50% nos primeiros 10 dias de novembro, portanto estavam conseguindo repassar a alta da originação. Saques do FGTS, empregos temporários, parte do 13º salário, entre outros, estão irrigado a economia.

Ao final de novembro, vai ficar mais claro se o mercado conseguiu repassar os mais de R$ 200,00 por @ em São Paulo e os R$ 180,00, à vista, que o produtor Luciomar Machado, de Pontes e Lacerda, viu surpreso no Mato Grosso, o etado com o boi mais pressionado do Brasil.

Mas Daniel Freite, diretor geral do Mercúrio, do Pará, habilitado para vender carne aos chineses em setembro, pergunta: “A economia tem dado sinais de otimismo, mas será que é suficiente para sustentar um aumento de consumo perene?”

Ele acredita em diminuição no consumo. É difícil não dar razão a ele.

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