Consumo e construção civil puxam o PIB do 3º tri, projetam economistas
Consumo das famílias, serviços e construção civil devem ser os carros-chefes da expansão entre julho e setembro (Imagem: Pixabay)
💥️Por ysoke.com. A economia brasileira ganhou tração e força no 3º trimestre, mas a recuperação continua lenta e gradual, de acordo com economistas consultados por 💥️ysoke.com Brasil.
Consumo das famílias, serviços e construção civil devem ser os carros-chefes da expansão entre julho e setembro, cujos números serão divulgados nesta terça-feira (3) de manhã pelo 💥️Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
Dos quatro economistas ouvidos pelo 💥️ysoke.com Brasil, três estimam crescimento de “Todos os terceiros trimestres têm nova divulgação de contas. Já saiu revisão de 2017, que mostrou PIB com crescimento mais forte de 1% para 1,3%. Não sabemos impactos sobre 2018-19, se mais forte ou mais fraco, e vice-versa, mas não muda histórico do 💥️PIB”, avalia Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do FGV Ibre e pesquisadora da área de Economia Aplicada do FGV Ibre. O Ibre prevê uma alta de 0,4% no PIB trimestral e 0,9% no anual. Carlos Pedrosa, economista do Banco MUFG, avalia que a melhora do consumo das famílias vai além do saque do FGTS (Marcelo Camargo/Agência Brasil) “Os destaques do PIB foram consumo e construção civil, impulsionados pela queda da taxa de juros”, aponta Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, que também prevê expansão trimestral de 0,5% e anual de 1% e ressalta a expansão do crédito propiciada pelos três cortes da taxa Selic desde julho pelo 💥️Comitê de Política Monetária (Copom) do 💥️Banco Central. A alta nas concessões de crédito estimulou os investimentos no setor imobiliário e o aumento dos gastos das famílias, que também se beneficiaram com a liberação do saque em até R$ 998 do FGTS. Já Carlos Pedrosa, economista do Banco MUFG, avalia que a melhora do consumo das famílias vai além do saque do 💥️FGTS e da queda da taxa de 💥️juros. “O crescimento decorre de outros fatores, como a melhora gradual do mercado de trabalho”, diz o economista, que prevê alta do PIB trimestral de 0,5% e de 1% no anual. Além disso, Pedrosa aponta desempenho positivo do setor de serviços do lado da oferta, com a demanda das lojas um pouco melhor do que no ano passado, além da retomada do setor imobiliário por enquanto no Estado de São Paulo, que reflete nos investimentos. O Ibre projeta queda trimestral de 0,2% e de 0,3% no interanual para a indústria (Imagem: REUTERS/Harrison McClary) “Mas outros segmentos não estão bem”, alerta Matos do FGV Ibre. “A indústria de transformação vai mal este ano, que depende do setor externo. Demanda doméstica ainda está cobrindo”, avalia a economista. O Ibre projeta queda trimestral de 0,2% e de 0,3% no interanual para a indústria entre julho e setembro, enquanto os investimentos devem subir, respectivamente, 1,5% e 2,1%. “O setor extrativo-mineral continua sofrendo com os efeitos negativos da tragédia de Brumadinho (MG)”, afirma Vitória do Banco Inter (💥️BIDI4). Pedrosa do Banco MUFG avalia que o PIB poderia estar crescendo 1,2% caso não tivesse ocorrido a tragédia da barragem em Minas Gerais no início do ano e 1,4% se a Argentina tampouco estivesse em crise. O país vizinho é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil e maior comprador de produtos industriais do país. Com isso, o setor externo tampouco contribuiu para o crescimento da atividade econômica no período. “Exportação não é grande drive de crescimento”, aponta Ramos do UBS, sobre a queda das exportações e do preço das commodities vendidas pelo Brasil, além do aumento da importação em função do crescimento econômico. Outro componente que deve contribuir para alta do PIB no período é os gastos do governo, quem têm peso de 20% na economia. As estimativas para o crescimento do PIB para este ano do Banco Inter e do FGV Ibre são de 1,1% (Imagem: Divulgação/Banco Inter) “Gastos do governo não têm como contribuir como no passado, com os cortes de despesas e arrecadação mais fraca, além do ajuste fiscal, mas que possibilita queda dos juros”, avalia Vitória do Banco Inter. “Peso dos gastos do governo está diminuindo desde 2015”, ressalta Matos do Ibre. Os quatro economistas consultados pelo 💥️ysoke.com Brasil estão com projeção maior para o PIB de 2023 do que a média apresentada pelo último Boletim Focus divulgado hoje, de 0,99%. As estimativas para este ano do Banco Inter e do FGV Ibre são de 1,1%, enquanto UBS projeta um crescimento de 1% com probabilidade alta de ser 1,1%. Já para o ano que vem, UBS e Banco Inter projetam crescimento de 2,5%, Banco MUFG entre 2,3% e 2,5% e o FGV Ibre de 2%, porém com riscos de não se concretizar devido às incertezas globais e queda da taxa do desemprego por meio de trabalho informal e com salário mais baixos.💥️Componentes que puxaram o PIB
💥️Setores com desempenho insatisfatório
💥️Estimativas para 2023 e 2023
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