Buscando maior eficiência, painéis solares do futuro terão duas faces
Os painéis bifaciais devem responder por 15% do mercado global em 2023 em relação a 4% este ano (Imagem: REUTERS/Alvin Baez)
Clientes do setor de energia solar querem cada vez mais painéis que capturem energia da parte exposta ao sol e da parte da sombra, já que a queda dos preços dos componentes finalmente permite que esses produtos ofereçam uma boa relação qualidade-preço.
Os painéis bifaciais, como a tecnologia é conhecida, devem se tornar o padrão do setor, segundo a LONGi Green Energy Technology, uma das maiores fabricantes globais do setor de energia solar. Esses painéis já predominam no Oriente Médio e ganham mercado nos 💥️EUA, 💥️Europa e em outras regiões, de acordo com outro fabricante.
A mudança é impulsionada por peças cada vez mais baratas, que tornam os produtos mais rentáveis, embora a instalação do vidro solar na parte inferior dos painéis aumente a produção de energia em menos de 10%, segundo a BloombergNEF.
Os painéis bifaciais devem responder por 15% do mercado global em 2023 em relação a 4% este ano, disse na terça-feira Wang Xiaoting, analista da BloombergNEF, durante a cúpula anual da empresa de pesquisa realizada em Xangai.
Nos painéis bifaciais, os fabricantes substituem o material opaco por uma substância transparente que permite que as células fotovoltaicas capturem energia de ambos os lados. A quantidade de energia que podem obter da parte inferior depende de vários fatores, como a altura em que o painel está montado e que tipo de material está abaixo dele.
Os painéis podem aumentar os retornos entre 5% e 8%, com potencial para subir outros 7 pontos percentuais, disse Xing Guoqiang, diretor de tecnologia da Canadian Solar, que testou os bifaciais em projetos do deserto de Mojave, na Califórnia, como também na Mongólia Interior, na 💥️China.
Cerca de 40% dos projetos solares nos EUA usarão os painéis no ano que vem, disse Yin Rongfang, vice-presidente executivo da Trina Solar. O painéis bifaciais já são maioria no Oriente Médio, e a Europa caminha nessa direção, disse. A China também está interessada na tecnologia, pois busca produtos mais eficientes, afirmou Lu Chuan, vice-presidente da Zhejiang Chint Electrics.
Ainda assim, o mercado aguarda melhores dados para comprovar o aumento da eficiência dos painéis bifaciais, disse Dennis She, vice-presidente sênior da LONGi. No entanto, as primeiras indicações apontam que o produto deve se tornar padrão do setor, afirmou.
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