Setor de sucroenergia vai “amar” também se Petrobras elevar seu valor em bolsa

Combustível Etanol Diesel Gasolina

Etanol segue com mercado em ampliação assegurado com tendência da Petrobras manter reajustes da gasolina (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Se o mercado “amou” a promessa da Petrobras (PETR4) em levar seu valor em bolsa a ganhos de 45% em dois anos, o setor sucroenergético vai amar também. Como parte dessa valorização vem da aposta de melhoria dos retornos, tem tudo a ver com repassar o máximo possível as altas do petróleo e do custo cambial. Mais etanol competitivo na praça.

Ainda haveria uma defasagem média em torno de R$ 0,10 da gasolina vendida pela petroleira, segundo alguns informes, como do Centro Brasileiro de Infraestrutura e da associação dos importadores de combustíveis (Abicom), até porque o petróleo saiu muito rápido além da baliza dos US$ 60/barril (Londres) e dólar igualmente surpreendeu na velocidade que passou dos R$ 4,00.

Mas o governo não dá nenhum sinal de que pretende segurar o repasse e vai limando essa diferença, ao contrário do desastre que foi o engessamento dos preços no início do segundo mandato de Dilma Rousseff. E que derrubou a Petrobras – em paralelo ao sangramento causado pela corrupção – e instalou de vez a crise no setor de sucroenergia.

Gasolina barata tirou consumo do etanol, enquanto a cotação do açúcar no mercado internacional foi perdendo força com a Índia aumentando sua produção subsidiada.

No dia 27, a Petrobras deu reajuste de 4% na gasolina nas refinarias (e o etanol anidro, na mistura, mais R$ 0,08). Pouco mais de uma semana antes, já havia aumentado 2,8%, depois de novo repasse dos preços praticados no Golfo e pelo efeito cambial no final de setembro.

Não é do DNA da equipe de Paulo Guedes represar mais do que é razoável para não prejudicar as contas da companhia e o ideal para controlar o reflexo inflacionário.

E assim vai puxando o etanol, especialmente o hidratado.

Na safra 20/21, a previsão média está em 30 bilhões de litros de etanóis de cana e até poderá haver um leve recuo sobre a safra que finda agora, de acordo com algumas fontes.

Mas a alocação de cana, cuja produção será um pouco maior, no mix sempre é flexível nos grandes grupos.

E se a Petrobras seguir afirmando que vai buscar retornos, além de reduzir a alavancagem e o custo de capital, as usinas vão continuar amando.

Se faltar etanol para todo mundo….bom, isso já é outra história.

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