Não são o Expresso do Oriente, mas trens noturnos estão de volta

Porém, com as conexões ferroviárias de alta velocidade que diminuíram as distâncias, companhias aéreas de baixo custo e regulamentos da União Europeia, os trens noturnos se tornaram inviáveis (Imagem: Gabriel Lordêllo/Mosaico Imagem)

Romantizados por filmes como “Assassinato no Expresso do Oriente” e “Moscou contra 007”, os trens noturnos quase desapareceram na 💥️Europa. Agora, parte da magia está de volta, mas com um toque moderno.

No século passado, os trens noturnos com cabines de painéis de madeira e lounges luxuosos tinham sabor de aventura, percorrendo a noite toda de 💥️Paris a Istambul ou de 💥️Londres a 💥️Veneza.

Porém, com as conexões ferroviárias de alta velocidade que diminuíram as distâncias, companhias aéreas de baixo custo e regulamentos da União Europeia, os trens noturnos se tornaram inviáveis economicamente, e os trens noturnos perderam o fascínio. Uma a uma, as grandes linhas ferroviárias da Europa terminaram ou cortaram drasticamente os serviços internacionais de trens noturnos.

Agora, com a “vergonha de voar” da ativista ambiental 💥️Greta Thunberg, movimento que tornou as pessoas mais conscientes de sua pegada de carbono, a indústria de trens noturnos está passa por um renascimento.

O setor atrai uma nova classe de passageiros & não o pequeno, mas rico grupo de pessoas que viajavam em trens opulentos como o Expresso do Oriente, mas pessoas comuns que viajam a negócios e turistas com consciência climática.

É uma notícia animadora para o engenheiro da Siemens Paul Winkler, que tem desenvolvido trens há 27 anos e acreditava que nunca mais fabricaria outro vagão de trem para a Europa Ocidental.

“Chegamos a um ponto em que pensei: acabou”, disse “As pessoas estavam migrando para aviões e trens diários de alta velocidade. As conexões mais baratas foram encerradas.”

O serviço entre Zurique e Madri foi descontinuado em 2013. As conexões entre Alemanha e Amsterdã, Dinamarca e Paris foram interrompidas em 2014. A italiana Trenitalia interrompeu o serviço Roma-Paris em 2015.

Em 2016, a Deutsche Bahn encerrou as operações de seu trem noturno, enquanto a SNCF da França deixou de operar uma dúzia de trens noturnos. Isso deixou a Europa com trens noturnos com mais de 30 anos, usados principalmente para rotas domésticas.

Agora, um pedido de 200 milhões de euros (US$ 221 milhões) da austríaca Oesterreichische Bundesbahnen-Holding dá nova vida à Siemens. A OeBB, como é conhecida, não está apenas revertendo a tendência, mas também aumentando o número de trens noturnos.

Em 16 de dezembro, a Siemens começará a produzir 13 novos trens noturnos para a OeBB em sua fábrica no distrito de Simmering, em Viena, onde os trens são fabricados desde o boom ferroviário do século 19 no Império dos Habsburgos.

Os trens com o primeiro novo design em seis décadas estarão prontos para testes no fim do próximo ano. O pedido da companhia ferroviária estatal austríaca é o primeiro e único contrato da Siemens com uma empresa do setor na Europa Ocidental nos últimos 15 anos.

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