Petrobras deixa mercado financeiro e usa refinarias para se proteger da volatilidade do petróleo
Depois de ter fechado por US$ 320 milhões um contrato de hedge liquidado em agosto, essas operações foram suspensas porque os reajustes de preços são desde junho realizados a qualquer tempo (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)
A 💥️Petrobras (💥️PETR3; 💥️PETR4) interrompeu o uso de derivativos para proteger a empresa das flutuações do petróleo, depois de adotar no Brasil uma política de preços para 💥️diesel e 💥️gasolina alinhada com os mercados internacionais, disse a diretora financeira da estatal, Andrea Almeida.
Depois de ter fechado por US$ 320 milhões um contrato de hedge liquidado em agosto, essas operações foram suspensas porque os reajustes de preços são desde junho realizados a qualquer tempo, conforme a necessidade, disse Almeida a repórteres em Londres na sexta-feira, após reunião com investidores.
A estatal recorreu a contratos de opções para se proteger contra possíveis perdas depois de ter assumido o compromisso de travar os preços domésticos dos combustíveis a cada pelo menos 15 dias, independentemente da volatilidade dos mercados, em uma tentativa de atender às demandas de caminhoneiros em greve em 2018.
Com essa política, se as cotações do petróleo subissem repentinamente, a empresa poderia acabar vendendo combustível abaixo do custo.
Como os preços dos combustíveis “podem cair ou subir a qualquer momento, não tem sentido” incluir nenhum derivativo, disse Almeida. “Foi por isso que mudamos a política de comprar opções.”
A operação de hedge liquidada em agosto foi contratada em março. A empresa buscou proteger parte da produção com opções de balcão, que permitiriam a venda de petróleo Brent entre abril até o fim do ano a uma média de US$ 60 o barril. A Petrobras só ganharia se os preços caíssem abaixo desse nível. Atualmente, o Brent é negociado em torno de US$ 64.
Em 2018, a Petrobras adotou uma estratégia semelhante. A empresa fixou 128 milhões de barris a US$ 65 o barril, pagando um prêmio de mais de US$ 400 milhões.
“Vamos mudar essa empresa focando nos ativos certos, vendendo o que não é nosso negócio principal e, com o tempo, desalavancando. Mas não acreditamos que devamos fazê-lo por meio de derivativos”, disse Almeida. “Nossos investidores querem ter exposição aos preços do petróleo.”
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