Soja: mercado se protege ante ‘day after’ (seja qual for) do prazo do tarifaço à China

Soja Agronegócio

Soja está na expectativa das negociações EUA-China e sem novidades de fundamentos (Imagem: REUTERS/José Roberto Gomes)

As leves subidas da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quinta (12), em torno de 5 pontos em todos vencimentos, estão em linha com movimentos técnicos em um mercado que entrou a semana sem novidades, mas que está mais precavido diante de mais uma data-limite, dia 15, para as sanções dos Estados Unidos à China. Pode até ser adiada como outras o foram, porém poucos se arriscam.

Os vendedores americanos, com a safra colhida, estão fora das vendas, tanto quanto os brasileiros da pouca soja disponível que restou da última safra, e menos ainda da safra nova, praticamente quase toda plantada.

Nos portos brasileiros, Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, viu preços de R$ 88/89,00 sobre a pouca soja que resta e de R$ 85/87,00 para a soja nova, a ser colhida de janeiro em diante. “Mas os negócios estão parados”.

Mais sintomático, no entanto, é a China, cujos reportes indicam compras de apenas 500 mil toneladas nesta semana, quando o normal para esta época seria de 1,5 milhão/t, de acordo com o analista.

O maior comprador está acomodado, esperando os movimentos de Donald Trump e de Pequim, a partir de segunda próxima.

Físico parado, Chicago também pouco se mexe.

Em paralelo, o relatório recente de oferta e demanda do USDA não trouxe novidades sobre novembro, mostrando a soja nos Estados Unidos em cerca de 96,6 milhões/t. Manteve ainda a neutralidade, ao apontar a safra brasileira em 123 milhões/t e da Argentina em 53 milhões/t.

A expectativa do órgão do governo americano, como lembrou Brandalizze, é de compras totais de 88 milhões/t pelos chineses na temporada.

A safra brasileira está em 95% plantada, acredita Brandalizze, com chuvas regulares, inclusive ajudando a recuperar atrasos como no Paraná. Em torno de 125 milhões/t é um bom número, pouco acima do USDA, acredita o analista.

Essa é uma produção que deverá ser bem remunerada em Chicago, já que a demanda futura se consolida como maior que a oferta, “o que vai ser muito bom para o produtor brasileiro”.

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