Gestor do Goldman que viu alta em 2023 agora aposta na Europa

Europa Pais França

No início de novembro, os fundos globais multimercados da GSAM passaram a dar peso superior a empresas cíclicas da zona do euro (Imagem: Reuters/Philippe Wojazer)

O gestor de ativos da 💥️Goldman Sachs que previu a disparada das bolsas este ano está entrando em 2023 com foco em ações da zona do 💥️euro com maior probabilidade de se beneficiarem da recuperação econômica da região.

Shoqat Bunglawala, responsável pela equipe de soluções globais de carteiras para Europa, Oriente Médio, África e Ásia-Pacífico na Goldman Sachs Asset Management (GSAM), com US$ 1 trilhão em ativos, acha que os investidores estão pessimistas demais em relação às perspectivas de crescimento na 💥️Europa.

No início de novembro, os fundos globais multimercados da GSAM passaram a dar peso superior a empresas cíclicas da zona do euro.

“Acreditamos que a Europa vai evitar uma recessão e isso vai ajudar as ações cíclicas”, disse Bunglawala por telefone. “O mercado parece precificar uma perspectiva de crescimento pior do que esperamos.”

O gestor junta-se ao coro de investidores e estrategistas que estão ficando mais otimistas em relação às ações europeias após problemas políticos e econômicos terem deixado muitos de fora do movimento de alta deste ano.

Esse mercado, que registrou saídas de US$ 100 bilhões apenas em 2023, agora pode estar em um ponto de virada, dado que a vitória de 💥️Boris Johnson nas eleições do 💥️Reino Unido e a fase 1 do acordo comercial entre 💥️EUA e China aliviaram algumas das grandes preocupações dos investidores.

O índice Stoxx Europe 600 bateu recorde durante o pregão na segunda-feira.

Mas ações cíclicas da Europa estão atrás da categoria nos EUA este ano: o MSCI EMU Cyclical Sector Index subiu 21%, enquanto o índice correspondente nos EUA avançou 31%.

BlackRock

A opinião do gestor está em linha com a de outras grandes instituições, como a BlackRock, no sentido de que vale a pena manter ativos arriscados na carteira em 2023 (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Bunglawala prefere particularmente os bancos da zona do euro, que, na visão dele, não estão sendo devidamente reconhecidos pela melhora nos níveis de capital e empréstimos de recebimento duvidoso.

O Euro Stoxx Banks Index subiu 11% este ano, cerca de metade do ganho do Stoxx 600 em 2023, considerando que o setor sofre com taxas de juros negativas.

A opinião do gestor está em linha com a de outras grandes instituições, como a 💥️BlackRock, no sentido de que vale a pena manter ativos arriscados na carteira em 2023, mas que os ganhos serão bem menores que em 2023.

Em entrevista realizada há um ano, Bunglawala recomendou a compra de ações dos EUA e de mercados emergentes, mesmo enquanto as bolsas globais se afundavam no temor de aperto da política monetária e desaceleração do crescimento econômico.

A aposta dele foi profética: o S&P 500 teve alta de 26% este ano, enquanto o MSCI Emerging Markets Index subiu 13%.

“Esperamos que a expansão continue, mas, considerando o que já está precificado no mercado de ações, com crescimento econômico dentro da tendência, o mais provável é que os retornos sejam mais moderados”, disse Bunglawala.

Johnson & Johnson

Até o final de outubro, Royal Dutch Shell e Johnson & Johnson estavam entre os papéis com maior peso na carteira (Imagem: Reuters/Brendan McDermid/File Photo)

Melhores apostas

Um dos fundos que ele ajuda a supervisionar, o Goldman Sachs GlobalMulti-Asset Income Portfolio, superou 88% de seus pares em 2023.

Até o final de outubro, Royal Dutch Shell e 💥️Johnson & Johnson estavam entre os papéis com maior peso na carteira.

Para 2023, a GSAM segue otimista em relação às ações dos EUA, está comprada em ações da África do Sul em relação a mercados emergentes e prefere ações da Coreia do Sul às de Taiwan.

O crescimento econômico continua sendo uma das maiores dúvidas na Europa em 2023. Um novo recuo da indústria de transformação ou recessão na Alemanha podem se sobrepor à melhora no risco político.

A perspectiva desafiadora foi destacada na semana passada pelo Banco Central Europeu, que revisou para baixo a projeção de expansão no próximo ano.

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